A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) para o algodão fechou com preços acentuadamente mais baixos nesta quinta-feira.

As cotações despencaram no dia, em linha com outros mercados, recebendo todas as preocupações após as medidas tarifárias globais do governo norte-americano de Donald Trump. O petróleo caiu, bolsas de valores recuaram e outras commodities também sofreram nesta quarta-feira, e a pluma acompanhou o movimento.

São grandes as apreensões em relação às economias pelo mundo e os efeitos na demanda, especialmente. As cotações do algodão caíram aos níveis mais baixos em quase um mês.

As recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses e vietnamitas têm causado forte impacto no mercado de algodão. A China, maior importador global da commodity, já aplicava uma tarifa de 15% sobre o algodão norte-americano e pode ampliar essa taxação em resposta à medida. O Vietnã, outro grande comprador da fibra, também foi afetado e pode adotar retaliações similares. Diante desse cenário, cresce a preocupação com a redução da demanda pelo algodão dos Estados Unidos, que já enfrenta dificuldades para competir com outros fornecedores, como o Brasil.

De acordo com Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, essa guerra comercial pode tornar o algodão estadunidense menos competitivo, favorecendo outros exportadores, como o Brasil. “O mercado está refletindo um cenário de demanda mais curta, onde os produtos norte-americanos tendem a ficar mais caros em relação aos concorrentes”, explica o analista. Com a possível retaliação da China e do Vietnã, a busca por fornecedores alternativos pode crescer, beneficiando países que não estão diretamente envolvidos na disputa tarifária.

A expectativa de uma demanda global mais fraca, somada ao risco de novas barreiras ao algodão dos EUA, aumenta o pessimismo dos investidores. “Essa guerra de tarifas tende a impactar a economia global, reduzindo o crescimento econômico e, consequentemente, afetando diretamente o mercado de algodão”, destaca Barabach.

Os contratos com entrega em maio/2025 fecharam o dia a 64,80 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 3,00 centavos, ou de 4,4%. Julho/2025 fechou a 65,71 centavos, desvalorização de 3,00 centavos, ou de 4,4%.

Fonte: Lessandro Carvalho / Agência Safras News



 

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Autor:Lessandro Carvalho / Agência Safras News

Site: Safras & Mercado

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