Por Argimiro Luís Brum

A cotação do milho, para o primeiro mês em Chicago, recuou nesta semana, fechando a quinta-feira (27) em US$ 4,50/bushel, contra US$ 4,69 uma semana antes.

Também aqui o mercado espera com expectativa os relatórios de intenção de plantio e de estoques trimestrais, previstos para o dia 31/03, nos EUA. Há uma tendência de que aumente a área de milho naquele país.

Por outro lado, na semana encerrada em 20/03, os EUA exportaram 1,6 milhão de toneladas de milho, representando um recuo de 2% sobre o volume exportado na semana anterior.

Dito isso, nos últimos dias os fundos venderam posições na Bolsa de Chicago, levando a um leve recuo nas cotações do milho. Seria uma antecipação ao anúncio de uma área maior a ser semeada nos EUA, além dos problemas criados por Trump com sua guerra comercial.

No Brasil, os preços se mantiveram firmes, porém, com certa estabilidade nesta semana. A média gaúcha fechou a semana em R$ 69,67/saco, enquanto nas demais praças nacionais os preços oscilaram entre R$ 69,00 e R$ 89,00/saco.

Por sua vez, continua existindo preocupação quanto a falta de chuvas em algumas regiões de produção da safrinha, caso do Mato Grosso do Sul e do Paraná.

Diante desta realidade, a AgRural projeta uma safra final de milho, em 2024/25, no Brasil, em 121,8 milhões de toneladas, ficando abaixo da Conab, por exemplo, que no seu último boletim mensal apontou uma colheita total nacional de 122,8 milhões de toneladas, após 115,7 milhões no ano anterior. Enquanto a AgRural espera uma segunda safra em 87,9 milhões de toneladas no Centro-Sul brasileiro, a Conab informa 87,6 milhões e um total de segunda safra, para todo o Brasil, de 95,5 milhões toneladas, contra 90,2 milhões um ano antes.

Ainda segundo a Conab, a área total brasileira plantada com milho, em 2024/25, será de 21,1 milhões de hectares, com produtividade média de 5.806 quilos/hectare ou 96,8 sacos/hectare. Hoje, a safrinha representa 77,8% da produção total de milho no Brasil, segundo os dados do órgão público.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

FONTE

Autor:Informativo CEEMA UNIJUÍ

Site: Dr. Argemiro Luís Brum/CEEMA-UNIJUÍ

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