As cotações do trigo, para o primeiro mês cotado em Chicago, após recuarem para US$ 5,91/bushel no dia 30/05, se recuperaram, fechando a quinta-feira (01/06) em US$ 6,10/bushel, contra US$ 6,04 uma semana antes.

Nos EUA, as condições das lavouras de trigo de inverno, no dia 28/05, apresentavam 34% entre boas a excelentes, 31% regulares e 35% entre ruins a muito ruins. Já o trigo de primavera estava semeado em 85% da área, contra 86% na média histórica. Enquanto isso, o trigo de primavera estava germinado em 57% das lavouras, contra 59% na média.

Ao mesmo tempo, na semana encerrada em 25/05, os EUA embarcaram 382.031 toneladas de trigo, com o volume ficando dentro das expectativas do mercado. Com isso, no atual ano comercial aquele país já teria exportado 19,6 milhões de toneladas, ou seja, um volume 2% menor do que o realizado no mesmo período do ano anterior. Em paralelo, na China, o Ministério da Agricultura local está trabalhando para diminuir os prejuízos das enchentes na principal região produtora do país.

A China esperava uma safra cheia neste ano, especialmente na província de Henan, que produz 28% do trigo nacional. Pois justamente esta região acaba de ser atingida pelas enchentes. Esta realidade pode impactar o mercado do trigo nos meses futuros, embora seja necessário dimensionar ainda a totalidade das perdas. Muitos consumidores locais estão comprando trigo germinado devido a umidade nas lavouras.

Em contrapartida, na Rússia, os estoques de trigo chegam a 12 milhões de toneladas junto às propriedades rurais, o que representa o dobro da média dos últimos cinco anos. Isso ocorre depois de uma safra recorde neste último ano, somada a exportações muito lentas. Estima-se que a safra de trigo russa tenha chegado a 104,2 milhões de toneladas, 32% superior à média de cinco anos. Apenas no terceiro trimestre de 2022, as exportações de trigo foram estimadas em 10,1 milhões de toneladas, 16% abaixo da
média. (cf. Money Times)


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Fonte: Informativo CEEMA UNIJUI, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUI, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUI).


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