Produtores devem observar as recomendações dos fabricantes de sementes para evitar falhas no controle

Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) uma Instrução Normativa [1] em que a Secretaria de Defesa Agropecuária institui como medida fitossanitária a prática de plantio de áreas de refúgio em território nacional.

A adoção de áreas de refúgio é uma das principais ferramentas para implementação de um efetivo programa de Manejo de Resistência de Insetos em sistemas de cultivo de plantas geneticamente modificadas que expressam proteínas inseticidas (Bt). Trata-se de uma área cultivada com plantas não Bt da mesma espécie da área cultivada de plantas Bt.

Essa área vai ser disposta de acordo com o tamanho e formato da lavoura de maneira percentual, levando em consideração também a cultura que está sendo empregada e respeitando o tamanho mínimo do refúgio (é indicado pelo menos 10% da área em plantio de milho e 20% da área em plantio de algodão ou soja). A distância máxima entre as plantas Bt e não Bt presentes na área de refúgio é de 800m [2].

O objetivo é favorecer o acasalamento entre indivíduos das duas áreas em que insetos suscetíveis às proteínas inseticidas acasalem com eventuais insetos resistentes e, assim, gerem uma prole também suscetível ao Bt. É uma forma de atuar preventivamente para manter a vulnerabilidade das pragas (retardando o processo de desenvolvimento de resistência de populações do inseto-alvo), o equilíbrio ecológico, a produtividade das lavouras e preservar os benefícios da tecnologia.

Caso não seja utilizada essa prática do manejo da resistência, pode ocorrer a seleção de insetos resistentes às proteínas Bt, resultando em prejuízos financeiros, falha no controle, perda da eficiência e durabilidade da tecnologia Bt, gerando impactos regionais. Por isso é fundamental que todos os produtores observem as recomendações quanto a área de refúgio estruturado.

Veja também:

O programa Boas Práticas Agronômicas (BOAS) é um projeto do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) que visa engajar produtores de todo o país que utilizam a tecnologia Bt na adoção de estratégias de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Manejo de Resistência de Insetos (MRI). Entre seus objetivos, o programa busca estabelecer-se como fonte de informações técnicas para a sustentabilidade da biotecnologia no campo, o aumento da produtividade e a redução de perdas na agricultura. Você pode ter acesso a essas informações através do site www.boaspraticasagronomicas.com.br. Confira!

Nota:

[1] Instrução Normativa 59, de 19 de dezembro de 2018

[2] IRAC-BR

Fonte: Portal Defesa Vegetal.Net

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