Relação de troca do Milho

Em Mato Grosso, para a safra 23/24, a relação de troca (RT) entre o cereal e o insumo mais caro dentro do custo, o fertilizante, está favorável para o produtor quando comparado com o mesmo período da safra passada. Para se ter uma ideia, a RT entre o preço do milho paridade jul-24 e a cotação em dez-22 da ureia, do sulfato de amônio (SAM) e do Map, apresentou quedas de 25,17%, de 19,98% e de 6,40%, nesta ordem ante a safra 22/23. Essa redução foi justificada pela retração nos preços dos insumos no mercado internacional, devido a maior oferta dos produtos e a demanda mais fraca neste período. Sendo assim, para que o produtor consiga comprar uma tonelada de ureia, de SAM e de Map, é necessário que se despenda de 56,03, 35,90 e 54,81 sc de milho, respectivamente.

Confira os destaques do boletim:

DÓLAR RECUA: devido ao diferencial de juros entre Brasil e EUA, que atraiu a entrada de recursos internacionais dentro do país, o dólar fechou na média de R$ 5,13/US$.

MILHO SEMEADO: em MT, a semeadura da safra 22/23 no estado avançou 3,75 p.p. na semana, e fechou, até o dia 27/01, com 5,97% do total da área esperada para a safra.

B3 DESVALORIZA: seguindo a queda do dólar corrente, a cotação do milho ficou 1,30% menor no comparativo semanal, ficando na média de R$ 89,09/sc.

Lavouras na Argentina apresentam déficit hídrico e a expectativa de produção é de 7,5 milhões de toneladas (t) a menos que na safra 21-22

O último relatório da Bolsa de Cereales (26/01) apontou que 94,00% das áreas de milho de todo o país da safra 22/23 já se encontram semeadas, um avanço de 7,40 p.p. no comparativo semanal. Esse aumento só foi possível devido às chuvas na última semana nas regiões produtoras de milho, que corroboraram para o desenvolvimento dos trabalhos a campo. Apesar desse alívio climático, apenas 12,00% das lavouras se encontram em excelentes condições, o que representa uma queda de 19,00 p.p. se comparado ao mesmo período da safra passada. Assim, a expectativa de produção para a temporada terá 5,5 milhões de t a menos que a estimativa inicial, ficando em 44,5 milhões de toneladas. Diante desse cenário, o quadro de oferta e demanda mundial tende a se estreitar, uma vez que a Argentina é o 3° maior exportador de milho do globo.

Fonte: Boletim Semanal n° 734 – Milho – IMEA



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