Apesar dos altos patamares do dólar no mês de junho, a comercialização da safra 19/20 andou de lado no mês, avançando apenas 0,73 p.p. em relação a maio, alcançando 79,16% da produção total negociada. Isso porque boa parte dos produtores aguarda os resultados das lavouras para realizar novas negociações.

Em relação à cotação, o preço médio apresentou um aumento de 3,81% em relação a abril, ficando cotado a R$ 103,63/@ na média do estado. Já para a safra futura (20/21), a comercialização chegou a 35,72% da produção já vendida na média do estado, avanço mensal de 3,27 p.p. em relação ao mês de maio.

Mesmo com o preço médio chegando ao patamar de R$ 108,67/@, sustentado pela alta da moeda norte americana no mês, a demanda pela pluma ainda não demonstra recuperação, o que tem deixado o produtor em alerta para o futuro da próxima safra.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O preço Imea/MT fechou com valor médio de R$ 83,91/@, ao comparar com a última semana, houve um leve aumento de 0,30%.

• Diante do avanço da Covid-19 nos EUA na última semana, os investidores adotaram estratégias mais conservadores. Com isso, o dólar corrente demonstrou uma leve queda de 0,57%, fechando em R$ 5,36/US$.



• Os subprodutos mato-grossenses tiveram uma queda de 3,31%, 0,58% e 1,31%, para caroço, torta e óleo de algodão, finalizando ao valor de R$ 608,92/t, R$ 646,71 e R$ 2.558,72/t, respectivamente.

• A colheita do algodão em Mato Grosso para a safra 19/20 avançou 2,92 p.p. em relação à semana passada, alcançando 5,16% da área total colhida até a última sexta-feira (10/07). No entanto, os trabalhos ainda seguem atrasados 1,99 p.p. em relação ao ano passado e 5,03 p.p. na média dos últimos cinco anos.

Recorde:

As exportações brasileiras têm atingido níveis recordes em 2020. Assim, segundo os dados da Secex, os envios ao exterior nesse primeiro semestre foram de 876,30 mil toneladas de pluma, um volume de +56,48% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já Mato Grosso, por sua vez, foi responsável por 68,40% do embarque nacional, totalizando 571,81 mil toneladas de pluma, acréscimo de 58,10% em comparação com 2019. Os principais compradores da fibra mato-grossense foram a China, Vietnã e Bangladesh, que, juntos, representaram 55,70% das exportações do estado até junho.

Para o segundo semestre do ano, as exportações tendem a se manter, visto que mais da metade da safra 19/20 já foi comercializada. Por fim, é importante destacar que as exportações brasileiras poderão se beneficiar a médio prazo, se as tensões entre a China e os EUA aumentarem, além dos problemas climáticos no país norte-americano, principalmente, no estado do Texas.

Fonte: Imea

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