Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 10/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 10/06
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,75%, ou $ 1,75 cents/bushel a $ 1057,75. A cotação de agosto, fechou em alta de 0,17% ou $ 1,75 cents/bushel a $ 1049,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,14 % ou $ 0,4 ton curta a $ 295,9 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,87 % ou $ 0,41/libra-peso a $ 47,79.
ANÁLISE DA MIX
A soja negociada em Chicago fechou de forma mista nesta terça-feira. Pequenos ganhos e perdas para as cotações da oleaginosa acompanharam o dia de informações mornas. O plantio da soja avança no ritmo esperado, assim como a qualidade das lavouras. No Brasil a Abiove manteve os seus dados para a safra brasileira, está já colhida. A reunião na Suíça entre China e EUA pouco avançou no horário que pudesse fazer diferença para o mercado de grãos. O único destaque do dia foi a redução da importação de biodiesel pelos EUA, o que deu suporte para o óleo de soja na CBOT.
PS. Representantes dos EUA e China anunciaram na noite desta terça terem chegado a um consenso sobre o acordo feito no mês passado, em Genebra. Entendimento representa um ‘primeiro passo’ e ainda será apresentado aos presidentes Donald Trump e Xi Jinping. O mercado noturno de grãos abriu em alta.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
REUNIÃO EUA/CHINA-SEGUNDO DIA (baixista)
Segundo dia de negociações entre os Estados Unidos e a China está em andamento em Londres, sem detalhes conhecidos sobre o resultado do primeiro dia de negociações. A única coisa que poderia ser considerada uma “declaração” do que aconteceu na cúpula é a mensagem do presidente americano, Donald Trump, que disse ontem que a China “não está fácil”, mas que os Estados Unidos estavam “indo bem” nas negociações. Muito pouco para tirar conclusões. Ficou claro que a questão das “terras raras” e a flexibilidade do comércio com a China foram um dos principais tópicos das negociações. Esta nova reunião de negociadores ocorre durante a trégua suíça, sob a qual a Casa Branca reduziu as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30% e Pequim ajustou as tarifas sobre importações americanas de 125% para 10%.
UA-COMPETITIVIDADE DO DÓLAR (altista)
O que sustenta os preços em Chicago é a competitividade conquistada pela soja americana devido à valorização do real em relação ao dólar, o que também reduz o incentivo de venda para os produtores brasileiros.
EUA-CONDIÇÃO DAS LAVOURAS MENOR QUE ANO PASSADO (altista)
Em relação às lavouras, o USDA informou ontem que o plantio de soja está em 90% da área planejada, ante 84% na semana passada; 86% no mesmo período do ano passado; 88% na média das últimas cinco safras; e 91% estimado pelos operadores. Na segunda avaliação do status da lavoura, o USDA classificou 68% da soja em boas/excelentes condições, acima dos 67% da semana anterior, mas abaixo dos 72% registrados no mesmo período em 2024. Os dados oficiais estão em linha com a média de 68% prevista pelos produtores do setor privado.
ABIOVE-NÚMEROS DESTA SAFRA (baixista)
No Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais manteve sua projeção para o volume da safra de soja 2024/2025 em 169,70 milhões de toneladas e sua estimativa para a exportação do grão in natura em 108,20 milhões de toneladas. Esses números se comparam às projeções de 168,34 e 105,96 milhões de toneladas da Conab e às projeções de 169 e 104,50 milhões de toneladas do USDA em maio.
EUROPA AUMENTA IMPORTAÇÕES DE SOJA (altista)
As importações de soja da União Europeia durante o ano comercial de 2024-25 são 7,4% maiores que o ritmo do ano anterior, após atingir 13,30 MT até 8 de junho.
Fonte: T&F Agroeconômica