Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 10/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 10/06
Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 1,21% ou $ 5,25 cents/bushel a $ 438,75. A cotação para julho, fechou em alta de 0,77% ou $ 3,25 cents/bushel a $ 425,50.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado nas bolsas americanas fechou de forma mista nesta terça-feira. As cotações mais curtas do cereal conseguiram um impulso extra, após atingiram a menor cotação em sete meses, o que abriu espaço para compras de oportunidade dos Fundos de Investimentos.
Algumas regiões dos EUA estão extrapolando a janela ideal de plantio nos EUA, o que pode levar a alguma redução ou abandono de áreas. Para o resto do país o progresso está em linha com a média histórica e com melhora na qualidade das lavouras, o que pressionou as cotações mais longas e deve ditar o rumo dos preços nas próximas semanas. Os embarques para exportação foram acima da semana anterior e da expectativa geral do mercado.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou de forma mista com atraso na colheita e ajustes para 2026
Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta terça-feira. As cotações do milho na B3 acompanharam as altas e baixas de Chicago. O atraso na colheita abriu espaço para uma alta nas cotações mais curtas do milho na B3. O mercado físico seque em queda, segundo o apontamento de -1,54% na média das cotações do Cepea.
No entanto as cotações de 2026, todas acima da casa dos R$70,00 sofreram correção nesta terça. A demanda interna e externa está aumentando, mas o mercado ainda não definiu onde irá alocar mais ou menos grãos.
OS FECHAMENTOS DO DIA 10/06
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 64,24 apresentando alta de R$ 0,13 no dia, alta de R$ 0,98 na semana; julho/25 fechou a R$ 65,24, alta de R$ 0,21 no dia, alta de R$ 0,50 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 68,30 alta de R$ 0,14 no dia e alta de R$ 0,10 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EFEITOS DAS BOAS CONDIÇÕES SOBRE OS PREÇOS (baixista)
O milho está sendo negociado majoritariamente em baixa em Chicago, após o USDA ter elevado ontem a proporção de lavouras em boas/excelentes condições de 69% para 71%. Esse número está abaixo da projeção de 74% no mesmo período do ano passado, mas acima da média de 70% prevista por analistas do setor privado. Além disso, revelou o progresso do plantio nos EUA em 97% da área planejada, em comparação com 93% na semana anterior; 94% na mesma época em 2024; a média de 97% dos últimos cinco anos; e a previsão de 97% dos traders.
OHIO-PROBLEMAS NO PLANTIO (altista)
Contudo, os traders monitoram de perto os desenvolvimentos na extremidade leste do cinturão de soja/milho — Ohio plantou 89% da área, em comparação com 72% na semana anterior; 94% em 2024; e a média de 94% — onde o cronograma de plantio pode não ser cumprido, as condições climáticas geralmente favoráveis estão pesando no mercado para o desenvolvimento inicial das lavouras.
BRASIL-COLHEITA ATRASADA (altista)
Também pressiona o lento progresso da colheita do milho safrinha no Brasil, que a Conab informou ontem ter atingido 2% da área apta, ante 0,8% no relatório anterior, 7,5% no mesmo período em 2024 e a média de 4% dos últimos cinco anos. Novos grãos começarão a entrar no mercado nas próximas semanas. Como indicado no setor de soja, a valorização do real frente ao dólar reduz os incentivos de venda para os produtores que, no entanto, terão que escoar a mercadoria por questões logísticas, após uma colheita de soja também farta.
COREIA DO SUL E IRÃ COMPRAM MAIS MILHO (altista)
Os importadores sul-coreanos estiveram no mercado comprando milho, na manhã de terça-feira, com a MFG comprando 68.000 toneladas, a KFA comprando 65.000 e a NOFI comprando 138.000 toneladas. A SLAL do Irã também fez uma oferta por 120.000 toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica