Comentários referentes à 10/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 10/03

Milho: A cotação de maio, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,59% ou $ 2,75 cents/bushel a $ 472,00. A cotação para maio, fechou em alta de 0,58% ou $ 2,75 cents/bushel a $ 478,50.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. Em um meio termo entre a forte alta do trigo e a baixa da soja, o milho conseguiu começar a semana com um resultado levemente positivo. A demanda aquecida pelo grão americano ainda sustenta as cotações do cereal. Os fortes dados de vendas desta temporada podem levar o USDA a ajustar estoques no relatório WASDE desta terça.

Neste sentido os embarques para exportação subiram 34,54% e ficaram acima da expectativa do mercado. O USDA indicou uma venda extra de 126 mil toneladas de milho americano para o Japão nesta segunda. Os operadores de mercado também estão de olho nas condições mais secas nas áreas destinadas ao plantio do milho nos EUA poucas semanas antes do começo dos trabalhos.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em alta em com alta de Chicago e dólar

Os principais contratos de milho encerraram o dia e a semana em queda nesta segunda-feira (10). O milho negociado na B3 subiu em sintonia com Chicago e o dólar neste começo de semana. O Cepea apontou que a demanda interna e os preços no mercado físico estão em alta no país. “Os preços do milho continuam firmes na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, embora a intensidade das altas tenha sido menor na última semana. Segundo o Centro de Pesquisas, compradores brasileiros seguem ativos, mas com dificuldades em adquirir novos lotes, tendo em vista que esbarram na baixa disponibilidade e nos maiores valores pedidos por vendedores.

Esses agentes, por sua vez, limitam a oferta do cereal no spot, à espera de novas valorizações, fundamentados nas incertezas referentes à segunda safra, que, por enquanto,
apresenta ritmo de semeadura abaixo do da temporada passada. Na tentativa de reduzir os preços, o governo brasileiro anunciou que retirará a taxa de importação de milho nos próximos dias. Cabe ressaltar que, na safra 2023/24, foram importadas 1,7 milhão de toneladas, representando apenas 1,4% da oferta (resultado da soma dos estoques iniciais, produção e importação, conforme dados da Conab).” Publicou o Cepea nesta segunda.

OS FECHAMENTOS DO DIA 10/03

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 87,85 apresentando alta de R$ 1,15 no dia, alta de R$ 1,15 na semana; maio/25 fechou a R$82,01, alta de R$ 0,79 no dia, baixa de R$ -0,42 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 74,24, alta de R$ 0,76 no dia e alta de R$ 0,68 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-O VAI E VEM DAS TARIFAS (altista, hoje)

Apesar de compartilhar o mesmo contexto de incertezas da soja, o milho conseguiu fechar a sessão de Chicago em alta. Para esse mercado, o adiamento até 2 de abril das tarifas sobre produtos importados do México e Canadá incluídos no USMCA proporcionou algum alívio. O relacionamento com esses dois países é fundamental, já que eles são os maiores compradores de milho e etanol dos Estados Unidos, respectivamente.

WADE PODE REDUZIR ESTOQUES FINAIS (altista)

Além disso, antes do relatório mensal do USDA a ser publicado nesta terça-feira, há consenso entre os traders sobre as chances de a agência reduzir sua previsão para os estoques finais dos EUA. Em média, os produtores privados estão prevendo 38,51 milhões de toneladas, em comparação com 39,12 milhões no relatório de fevereiro.

EUA-DÉFICIT DE UMIDADE (altista)

E como observamos na quinta-feira, faltando pouco menos de um mês para o início da temporada de plantio de milho 2025/2026 nos Estados Unidos, o déficit de umidade observado em áreas do Centro-Oeste está começando a ser motivo de preocupação, especialmente depois que o USDA aumentou a área normalmente coberta por culturas forrageiras em condições de seca de 56% para 60% na semana passada, um número muito maior do que os 33% em vigor há um ano.

EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)

O relatório semanal sobre inspeções de embarques dos EUA foi positivo para o mercado, já que o USDA relatou embarques de milho de 1.819.812 toneladas hoje, acima das 1.352.573 toneladas do relatório anterior e da faixa estimada por empresas privadas, que era de 1 a 1,40 milhão de toneladas.

OS FATORES NEGATIVOS DE HOJE (baixistas)

Além do colapso dos indicadores da bolsa de Wall Street e da incerteza que tem seu epicentro na Casa Branca, a queda do preço do petróleo limitou a melhora dos preços do milho; a validade a partir de hoje da tarifa chinesa de 15% sobre o milho americano; a desvalorização do real frente ao dólar e a normalização da semeadura da safrinha brasileira.

BRASIL-PLANTIO QUASE IGUALA ANO PASSADO (baixista)

Sobre este último, a AgRural informou hoje que o avanço da semeadura para o plantio do milho no Brasil está em 92% da área planejada para o Centro-Sul do país, ante 80% na semana anterior e 93% no mesmo período de 2024. Quanto à primeira safra, que é destinada em grande parte ao consumo interno, a consultoria informou seu avanço em 54% da área apta, ante 46% na semana anterior e 57% no mesmo período do ano passado.

EUA-NOVA VENDA (altista)

Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de milho dos EUA para 2024/2025 para o Japão, por 126.000 toneladas.

Fonte: T&F Agroeconômica



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