O Imea divulgou os custos de produção referentes ao mês de fevereiro para a safra 20/21 em Mato Grosso. De acordo com os dados apresentados, percebe-se um aumento de 0,16% tanto no custo operacional quanto no custo total, estimados em R$ 3.582,26 e R$ 4.101,41, respectivamente.

Essa elevação está atrelada diretamente ao aumento do dólar, que teve seu valor puxado para cima ante o real após o crescimento do número de casos confirmados do novo Covid-19.

Com isso, houve uma grande incerteza no mercado internacional, gerando fortes oscilações e instabilidade na moeda norte-americana, que apresentou uma alta de 4,85% na média mensal de fevereiro em relação a janeiro.

De modo geral, essa elevação nos preços pressionou o mercado e reduziu a demanda por fertilizantes, fator curioso para este período, visto que o produtor está mais capitalizado no momento e costuma adquirir seus insumos.

Confira os principais destaques do boletim:

• Nesta semana, o preço da soja em Mato Grosso finalizou com média de R$ 77,60/sc, avanço de 2,01%. Além da alta do dólar, a demanda também ajudou nas cotações.

• O mercado está pressionado com a pandemia do novo Covid-19, e as commodities foram afetadas. Com isso, o contrato corrente da soja em Chicago apresentou baixa de 3,83% ante a semana passada, média de US$ 8,66/bu.



• Com o aumento de casos confirmados do novo Covid-19 no país, a moeda norte-americana fechou a semana com média de R$ 4,77/US$, alta de 4,23%.

• A colheita de soja avançou 5,39 p.p. na semana e atingiu o total de 96,86% da área da safra 19/20 em MT. O destaque fica para a região médio-norte, que já finalizou os seus trabalhos de campo.

Brasil na frente:

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou a sua nova estimativa de oferta e demanda para a soja 19/20 em março. Segundo o Departamento, a produção mundial da oleaginosa ficará em 341,76 mi de t, alta de 0,70% ante a estimativa de fev/20.

Para a safra norte-americana, apenas o estoque final foi alterado, com leve alta de 0,03%. Já no cenário brasileiro, a estimativa continua apontando uma produção recorde, passando de 125,00 mi de t na projeção anterior para 126,00 mi de t, alta de 0,80%.

Isto é reflexo de uma boa produtividade, como exemplo no estado de Mato Grosso, que é o principal produtor da oleaginosa no país e vem registrando bons rendimentos.

Pelo lado da demanda, não houve alteração nos dados brasileiros, mas os recentes avanços nas negociações mostram que os preços nacionais estão atrativos. Os estoques finais da safra 19/20 no país ficaram 3,31% maiores do que na última projeção.

Fonte: IMEA

 

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