O Imea divulgou nesta semana o custo de produção do milho para a safra 20/21, trazendo o aumento no preço dos insumos em Mato Grosso. Desta forma, o custo variável da lavoura de alta tecnologia totalizou R$ 2.444,28/ha, representando um aumento de 2,03% ante ao último relatório divulgado em janeiro.

Essa elevação é, principalmente, reflexo da valorização cambial de 11,14% no mês  assado, que pesou nos insumos cotados em dólar, como alguns macronutrientes e fungicidas.

Por outro lado, muitos produtores têm travado seus custos para a próxima safra, devido ao adiantamento da comercialização do grão, que vem se beneficiando da demanda aquecida e registrando cotações acima da paridade para o próximo ano.

Desse modo, a movimentação cambial traz oportunidades e desafios neste momento, um bom gerenciamento de custo e riscos poderá definir a rentabilidade da próxima safra pelo produtor.

Confira os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea – MT avançou para os preços do milho no estado, fechando com alta de 0,58% no comparativo semanal, cotado na média de R$ 39,68/sc.

• Após a declaração da OMS para uma pandemia mundial a respeito do coronavírus, o dólar fechou a semana cotado em média a R$ 4,77/US$, representando alta de 4,23% ante a semana passada.



• A semeadura de milho encontra-se praticamente finalizada no estado, fechando a segunda semana de março com 99,62% plantados, restando apenas 0,38 p.p. para a conclusão das áreas.

• A relação estoque/consumo de milho mundial, divulgada pelo USDA nesta semana, destaca um leve aumento de 26,10% para 26,12%.

Próximo a Zero:

Os preços do milho em Mato Grosso têm atingido patamares recordes nos últimos meses. Com isso, a diferença do preço MT em relação ao preço cotado na CME em reais/saca atingiu níveis históricos, como registrado em 2016 pelo Imea.

Tal relação vem diminuindo desde junho de 2019, quando a diferença média era cerca de -R$ 16,32/sc, e agora está -R$ 0,45/sc, representando uma diminuição de base de 97,2%.

Esse cenário está atrelado a diversos fatores econômicos, tais como o aumento do dólar, o consumo interno para produção de etanol e a escassez do cereal no mercado doméstico, devido às exportações recordes realizadas em 2019.

As perspectivas para os próximos meses são de que este cenário possa permanecer, principalmente pelo adiantamento da comercialização da safra 19/20, que indica que o consumo de milho está aquecido no estado, refletindo, assim, na valorização das cotações e em um diferencial de base reduzido.

Fonte: IMEA

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