Por Larissa Machado
O ano de 2024 foi desafiador para o agronegócio brasileiro, considerando que segmentos como o de proteína animal e de grãos, tiveram grande destaque, enquanto o de insumos passou por oscilações de preços, em virtude de desastres naturais e queimadas.
Porém, as expectativas são positivas para o próximo ano em termos de operações e faturamento, de acordo com William Monteath, CEO, headhunter e co-Founder da Fox Human Capital – consultoria de capital humano multinacional e full service. Este cenário deve ser impulsionado por inovações tecnológicas e expansão de mercado.
Seguindo as estimativas da Fox para 2025, em decorrência do aquecimento de setores no agro, as oportunidades de emprego também devem aumentar, principalmente nos ramos sucroenergético e no de commodities.
Suprimentos, finanças e comercial
“Quando olhamos para as posições mais contratadas, ao longo desse ano, e entendemos que continuarão sendo relevantes para o ano que vem, falamos, principalmente, da cadeia de suprimentos, da parte de planejamento financeiro e ainda de equipes da área comercial. São posições que foram e continuarão sendo demandadas em 2025”, antecipou William Monteath.
A 2ª edição do Guia Salarial do Agro, elaborado pela Fox e divulgado em outubro deste ano, mostrou que a remuneração de CEO no setor do agronegócio pode variar de R$ 60 mil a R$200 mil e ter média de R$ 130 mil. Já um diretor de tecnologia pode receber entre R$ 35 mil e R$ 61,2 mil, enquanto um diretor financeiro tem salário entre R$ 44,5 mil e R$ 87,93 mil.
Os valores para cargos comerciais, como coordenador comercial, podem variar entre R$ 13 mil e R$ 23,65 mil; e cargos operacionais e de logística tendem a oscilar de R$ 11,5 mil a R$ 18 mil.
Conhecimento
“Ao falar de habilidades e conhecimentos, é sempre importante separar em duas caixinhas. A primeira é a parte técnica, a chamada hardskill. Então, o profissional do agronegócio, obviamente, tem que conhecer do segmento de atuação que está inserido. Por exemplo, o profissional que trabalha no sistema de monitoramento de colheita por drone, tem que conhecer sobre agricultura digital. Já em relação às competências brandas, as softskill, destaco a parte de comunicação”, explicou o CEO da Fox.
No contexto de qualificar profissionais do agronegócio, a Faculdade SNA Digital, mantida pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), vem rompendo as barreiras geográficas por meio da internet e ofertando cursos de graduação 100% online nas áreas de Gestão do Agronegócio, Gestão Ambiental e Comércio Exterior. Um excelente começo para quem quer se destacar profissionalmente no agro.
Inovação
William Monteath disse ainda que o mercado de trabalho com tecnologia é uma tendência clara e que vai continuar crescendo. “Estamos falando de drones, máquinas agrícolas automatizadas, inteligência artificial – que analisa a qualidade do solo, previsibilidade de clima, entre outros aspectos; e isso só vai continuar andando para frente”.
Falando em inovação e tecnologia, o mercado de startups vem avançando muito no setor do agronegócio com muita intensidade e os executivos que desejam imergir em projetos como esses precisam cada vez mais entender esta nova dinâmica de gestão, de gerações e até mesmo cultural.
Neste ramo, o SNASH – ecossistema de inovação apoiado pela SNA – se destaca pela promoção da modernização e o fomento do agronegócio brasileiro. O hub aceita startups em todas as fases de implantação; desde a ideação até às mais estruturadas nos segmentos de AgTechs, ClimaTechs, GreenTechs, FoodTechs, EduTechs ou outras startups que queiram expandir seu business para o agro.
O SNASH oferece ainda programas de aceleração e o corpo técnico de especialistas da SNA para mentorias e consultorias, além de um ambiente de coworking especial para as startups, incluindo ampla sala com ilhas de trabalho, auditório, sala de reunião e ainda o networking da SNA com grandes empresas do agro, produtores rurais, cooperativas, institutos de pesquisa e Órgãos governamentais.
“Pra começar bem no mercado de trabalho, tudo parte de uma boa formação. É o que vai ajudar o profissional a se posicionar bem. Em segundo lugar, vale a pena buscar por empresas interessantes e no segmento do agro que mais faça sentido para você”, finalizou o CEO da Fox Human Capital .
Fonte: SNA