InícioDestaqueControle químico de insetos: Conheça os principais modos de ação de inseticidas

Controle químico de insetos: Conheça os principais modos de ação de inseticidas

O controle químico de pragas que acometem culturas como a soja é essencial para evitar maiores perdas produtivas, em especial se tratando de pragas com grande potencial em reduzir a produtividade, como lagartas e percevejos. Entretanto, embora seguidas as orientações técnicas para a cultura e os níveis de ação pré-estabelecidos para o controle de pragas, é comum observar relatos da casos de resistência de insetos a inseticidas.

Dessa forma, além do uso de cultivares tolerantes, e de práticas de MIP (Manejo Integrado de Pragas), o posicionamento de inseticidas é extremamente importante visando o manejo da resistência de pragas a inseticidas e a manutenção da eficácia dos inseticidas existentes.

Uma das principais e mais importantes práticas de manejo visando o manejo da resistência de pragas a inseticidas é a rotação inseticidas de diferentes modos de ação. Conforme destacado pelo Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas (IRAC-BR), conhecer os modos de ação dos inseticidas e os grupos químicos é essencial para embasar o bom posicionamento de produtos visando o manejo da resistência.



Atualmente existem vários modos de ação de inseticidas conhecidos e um grupo de inseticidas o qual apresenta modo de ação desconhecido ou incerto, sendo eles:

  1. Inibidores da acetilcolinesterase;
  2. Bloqueadores de canais de cloro mediados pelo GABA;
  3. Moduladores de canais de sódio;
  4. Moduladores competitivos de receptores nicotínicos da acetilcolina;
  5. Moduladores alostéricos de receptores nicotínicos da acetilcolina;
  6. Moduladores alostéricos de canais de cloro mediados pelo glutamato;
  7. Mímicos do hormônio juvenil;
  8. Miscelânea: inibidores não-específicos (Múltiplos sítios);
  9. Moduladores de canais TRPV de órgãos cordonotais;
  10. Inibidores de crescimento de ácaros;
  11. Disruptores microbianos da membrana do mesentero;
  12. Inibidores de ATP sintetase mitocondrial;
  13. Desacopladores da fosforilação oxidativa via disrupção do gradiente de próton;
  14. Bloqueadores de canais dos receptores nicotínicos da acetilcolina;
  15. Inibidores da biossíntese de quitina, tipo 0, Lepidoptera;
  16. Inibidores da biossíntese de quitina, tipo 1, Hemiptera;
  17. Disruptores da ecdise, Diptera;
  18. Agonistas de receptores de ecdisteroides;
  19. Agonistas de receptores de octopamina;
  20. Inibidores do Complexo III da cadeia de transporte de elétrons na mitocôndria;
  21. Inibidores do Complexo I da cadeia de transporte de elétrons na mitocôndria;
  22. Bloqueadores de canais de sódio dependentes da voltagem;
  23. Inibidores da acetil CoA carboxilase;
  24. Inibidores do Complexo IV da cadeia de transporte de elétrons na mitocôndria;
  25. Inibidores do Complexo II da cadeia de transporte de elétrons na mitocôndria;
  26. Moduladores de receptores de rianodina;
  27. Moduladores de órgãos cordonotais – alvo de ação indefinido;
  28. Moduladores Alostéricos de canais de cloro mediados pelo GABA;
  29. Disruptores virais da membrana peritrófica do intestino médio e, compostos com modo de ação desconhecido ou incerto (IRAC-BR).

Os grupos químicos dos referidos modos de ação citados anteriormente estão disponíveis para consulta no site do IRAC-BR, e podem ser acessados clicando aqui!

Além de possibilitar o manejo da resistência de pragas a inseticidas, conhecer os diferentes modos de ação dos inseticidas pode auxiliar técnicos e produtores na tomada de decisão frente a necessidade de posicionar diferentes inseticidas para maior eficiência de controle, contribuindo assim para a redução das perdas de produtividades decorrentes do ataque de pragas.


Veja mais: Inseticidas – alguns grupos que você precisa conhecer…


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Referências:

COMITÊ DE AÇÃO À RESISTÊNCIA A INSETICIDAS BRASIL. IRAC-BR, 2022. Disponível em: < https://www.irac-br.org/modo-de-acao >, acesso em: 28/03/2022.

Equipe Mais Soja
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