Conhecer os estádios de desenvolvimento da soja é de fundamental importância para embasar práticas de manejo que necessitam ser realizadas em determinados períodos. Sendo assim, o uso da escada fenológica da cultura pode auxiliar técnicos e produtores na tomada de decisão e posicionalmente de algumas práticas agrícolas.
A escala de desenvolvimento mais conhecida para a cultura da soja é a escala proposta por Fehr & Caviness em (1977), cuja divisão dos estádios baseava-se principalmente em dois períodos, o vegetativo e o reprodutivo do desenvolvimento da cultura.
Tabela 1. Estádios vegetativos e reprodutivos do desenvolvimento da soja, apresentados por Fehr & Caviness (1977).

Fonte: POTAFOS
Originalmente, na escala proposta por Fehr & Caviness (1977) não havia a subdivisão dos estádios de desenvolvimento do período reprodutivo, entretanto, tornou-se necessária essa subdivisão para melhor manejo e posicionamento de práticas na cultura da soja. Conforme destacado por Farias; Nepomuceno; Neumaier (2007), para melhor detalhamento do estádio R5, Ritchie et al (1977) propuseram a subdivisão desse estádio em R5.1; R5.2; R5.3; R5.4 e R5.5, onde:
- R5.1 – grãos perceptíveis ao tato (equivalente a 10% da granação);
- R5.2 – granação de 11% a 25%;
- R5.3 – granação de 26% a 50%;
- R5.4 – granação de 51% a 75%;
- R5.5 – granação de 76% a 100% (Farias; Nepomuceno; Neumaier, 2007).
Embora essa forma de escala fenológica seja muito utilizada para a cultura da soja com grande abrangência, Ritchie et al. (1982) propuseram a subdivisão do período R7 e R8, detalhando ainda mais a escala fenológica da soja. Esse detalhamento pode auxiliar ainda mais no posicionamento de práticas de manejo da cultura da soja, como a dessecação em pré-colheita.
Tabela 2. Descrição resumida dos estádios reprodutivos do desenvolvimento da soja.

Cabe destacar que a nível de campo a escala fenológica proposta por Fehr & Caviness (1977), com a subdivisão do estádio R5 proposta por Ritchie et al (1977) é a mais popularizada, entretanto, independente da foram da escala utilizada, (com ou sem subdivisão dos períodos reprodutivos), todas tem origem na escala de Fehr & Caviness (1977), possibilitando boa comunicação técnica e profissional entre técnicos e produtores.
As fases do crescimento e desenvolvimento da soja conforme escala proposta por Fehr & Caviness podem ser observadas com maior nível de detalhamento e medidas necessárias de manejo em cada uma delas clicando aqui!
Veja mais: Aplicação prática da escala fenológica na cultura da soja
Referências:
CÂMARA, G. M. S. FENOLOGIA É FERRAMENTA AUXILIAR DE TÉCNICAS DE PRODUÇÃO. Visão agrícola, n. 5, 2006. Disponível em: < https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va05-planta-e-ambiente01.pdf >, acesso em: 04/08/2021.
CIAMPITTI, I. A. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA SOJA. IPNI; K-STATE:RESEARCH AND EXTENSION; KANSAS SOYBEAN COMMISSION, 2017. Disponível em: < https://www.npct.com.br/npctweb/npct.nsf/article/BRS-3140/$File/Download%20-%20Fases%20de%20desenvolvimento%20da%20cultura%20do%20milho%20(K-State).pdf >, acesso em: 04/08/2021.
FARIAS, J. R. B.; NEPOMUCENO, A. L.; NEUMAIER, N. ECOFISIOLOGIA DA SOJA. Embrapa, Circular Técnica, n. 48, 2007. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/470308 >, acesso em: 04/08/2021.
FEHR, W.R.; CAVINESS, C.E. STAGES OF SOYBEAN DEVELOPMENT. Ames: Iowa State University, (Special Report, 80), 12p. 1977.
POTAFOS. COMO A PLANTA DE SOJA SE DESENVOLVE. Disponível em: < https://www.npct.com.br/npctweb/npct.nsf/article/BRS-3140/$File/Como%20a%20Planta%20da%20Soja%20Desenvolve.pdf >, acesso em: 04/08/2021.
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