Atualizações do Consórcio Antiferrugem trazem demonstram a ocorrência de novos casos de ferrugem-asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) nos estados no Mato Grosso, Goiás e Paraná. No estado do Mato Grosso, os novos casos foram identificados nas cidades de Campo Verde, e Santo Antônio do Leste, ambos em soja no estádio reprodutivo do desenvolvimento, respectivamente em R7 e R5.
No estado do Goiás, foi relatado um caso de ocorrência da ferrugem-asiática na cidade de Rio Verde, datado do dia 12/01/22, em soja em estádio R5. Já no estado do Paraná, três novos casos foram relatados, um na cidade de Chopinzinho, um em Coronel Vivida e outro em Marilândia do Sul.
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Figura 1. Disposição dos casos de ferrugem-asiática da soja em território nacional (18/01/2022).
A ferrugem-asiática da soja se destaca pela elevada agressividade e grande capacidade em reduzir a produtividade da soja. Visando a manutenção da produtividade, o manejo e controle da doença são indispensáveis na cultura da soja. Ao todo, até o momento são 17 casos registrados de ocorrência da ferrugem na safra 2021/22. O recomendado é realizar a primeira aplicação de fungicida de forma preventiva, geralmente no estádio vegetativo (~V7) (35 a 45 dias após a emergência das plantas), e as aplicações posteriores com intervalo de aplicações de no máximo 15 dias (Pelin; Wordell Filho; Nesi, 2020).
Embora Gardiano et al. (2010) tenham observado que aplicações de fungicidas logo no início da detecção dos primeiros esporos, seguindo o monitoramento climático, proporcionam menor porcentagem de infecção da ferrugem-asiática da soja, cabe destacar que o manejo e controle da doença não deve ser embasado apenas na presença de esporos no coletor de esporos da ferrugem, uma vez que é possível observar esporos viáveis e não viáveis no coletor. Sendo assim, o coletor de esporos deve ser utilizado de forma complementar para o manejo da ferrugem-asiática da soja. Infelizmente, quando observados os primeiros sintomas visuais da doença, normalmente a infecção do fungo já se efetivou.
Figura 2. Coletor de esporos.
Referências:
CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM: PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NO COMBATE À FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA, 2022. Disponível em: < www.consorcioantiferrugem.net >, acesso em: 18/01/2022.
GARDIANO, C. G. et al. MANEJO QUÍMICO DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA, BASEADO EM DIFERENTES MÉTODOS DE MONITORAMENTO. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.77, n.3, p.497-504, jul./set., 2010. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/aib/a/zFRvzkNxZ9hfxKRrCMgLnDs/?format=pdf&lang=pt >, acesso em: 18/01/2022.
PELIN, C.; WORDELL FILHO, J. A.; NESI, C. N. FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA: ETIOLOGIA E CONTROLE. Agropecuária catarinense, florianópolis, v.33, n.3, 18-21, set./dez. 2020. Disponível em: < https://publicacoes.epagri.sc.gov.br/RAC/article/view/497/974 >, acesso em: 18/01/2022.