Em entrevista concedida ao programa “Bom Dia, Ministro”, transmitida pelo Canal Gov, na manhã de hoje, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, garantiu que o governo federal irá criar um fundo garantidor para atender toda produtiva agropecuária do Rio Grande do Sul, por conta da tragédia climática registrada pelo estado. “Temos de destacar importância do Rio Grande do Sul como o berço da pecuária brasileira, local de onde saiu a soja para todo o país”, disse.

Fávaro salientou que, por meio de medida provisória publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, por meio da portaria 683 do Ministério da Agricultura, uma série de medidas serão tomadas, como a criação de linhas de crédito para a reconstrução da agropecuária do Rio Grande do Sul, na qual o produtor poderá tomar crédito e o governo será avalista. Ele acrescentou que haverá uma suspensão de débitos dos produtores do Rio Grande do Sul, seja de custeio e de investimentos, até 16 de agosto.

Arroz

Sobre a questão do arroz, Fávaro disse que a importação tem de ser vista de forma holística, uma vez que o Rio Grande do Sul concentra 70% da produção nacional e é preciso atender ao interesse nacional. “O arroz é um produto da base da alimentação do Brasil e a ideia do governo é autorizar a compra de até um milhão de toneladas. Sabemos que o Rio Grande do Sul tem oferta para atender, mas há uma dificuldade logística para isso. Não seria preciso importar arroz se as condições estivessem normais”, afirma.

Fávaro comenta que, por conta das fake news, houve um desabastecimento do mercado de arroz, com a corrida das pessoas aos supermercados, o que fez com que o preço subisse de 30% a 40% em 30 dias. Para fazer com que o mercado volte a se estabilizar, pelo tempo que for necessário, o governo fará compras de arroz via Companhia Nacional de Abastecimento.

Segundo o ministro, a ideia do governo é importar inicialmente 300 mil toneladas de arroz, que irão chegar ao mercado identificados. Ele acrescenta que a ideia do governo é de que o preço de um saco de 5 quilos de arroz chegue nos supermercados em um valor máximo de R$ 20,00. A expectativa do governo é de que o arroz que vier a ser importado possa chegar ao mercado entre 40 a 90 dias após a compra, a depender da origem de aquisição.

Plano Safra

Fávaro destacou que o governo pretende lançar o novo Plano Safra no final de junho, contemplando valores ainda maiores frente à safra anterior. Dois pontos que deverão contar com volumes mais altos de recursos levam em conta o apoio a comercialização e a subvenção ao prêmio do seguro rural.

O ministro afirmou que, diante das mudanças climáticas, procurar adotar uma desconcentração da produção de culturas no Brasil se fará necessária, citando o caso da dependência do arroz do Rio Grande do Sul. “Antes mesmo da crise no Rio Grande do Sul, já havia sido realizada uma reunião nesse sentido junto a Conab. Assim tomamos a decisão de que o Plano Safra irá estimular a comercialização via contrato de opção, para estimular que haja um estímulo ao produtor ao plantio de várias culturas em certas regiões, caso do trigo na região Nordeste”, exemplifica.

Sobre o seguro rural, diante das mudanças climáticas e das dificuldades enfrentadas pelos produtores, a ideia do governo é tentar elevar os valores dos atuais R$ 1 bilhão para valores entre R$ 2 a 3 bilhões, a depender do orçamento disponível.

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Autor/Fonte: Arno Baasch   / Safras News

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