Em out/19, o Imea divulgou o novo relatório para o custo de produção do milho de alta tecnologia em relação ao mês de setembro para a safra 19/20. Nesse sentido, o custo operacional evidenciou pouca alteração, exibindo variação positiva de 0,06%, ficando em R$ 2.701,11/ha, com destaque para os defensivos agrícolas inseridos nos custos variáveis, que aumentaram 0,44% na análise mensal.
Além disso, os custos com o arrendamento de terra alcançaram o maior acréscimo no comparativo com agosto, de 0,98%. As variações foram balizadas na valorização do dólar (média de 2,5%), aliado ao avanço das cotações da soja, que influíram nos custos com arrendamento, refletindo assim em todas as outras culturas.
Diante da alta dos preços dos insumos, o método mais utilizado de aquisição para a nova safra vem sendo o de barter, representando a maior parte da comercialização em relação às outras formas de compra.
Confira os principais destaques do boletim:
• A cotação na bolsa B3 reagiu positivamente em 4,28% na última semana, com preço médio a R$ 42,44/sc, impulsionado pelo mercado físico em alta em conjunto com a valorização do dólar.
• Sustentadas pelos problemas climáticos na safra norte-americana, as cotações na CMEGroup continuaram subindo, ao exibir 0,66% e 0,49%, para os contratos de dez/19 e jul/20, nesta ordem.
• Com a variação positiva do dólar e elevação na bolsa CME-Group, a paridade de exportação (jul/20) teve um acréscimo de 2,14% e fechamento na semana de R$ 22,74/sc.
• A moeda americana atingiu os R$ 4,15/US$, com acréscimo de 1,08% na última semana, influenciado pela previsão da taxa Selic para 2020, além das incertezas quanto ao provável acordo entre a China e os EUA.
Volumes maiores:
O Mdic divulgou os dados de exportação de milho referentes ao mês de set/19, trazendo à tona pontos interessantes quanto ao Brasil e o estado de MT. No que concerne ao país, o volume acumulado no ano já alcança 28,91 milhões de toneladas, uma alta de 130,34% ante o acumulado (jan-set) de 2018.
Já MT, foi responsável por exportar 52,42% do total brasileiro embarcado, no entanto, o share do estado vem caindo nos últimos meses, pautado pela grande procura no mercado interno. Assim, MT escoou 15,16 milhões de toneladas, volume bem acima do observado em 2018 (9,82 milhões de toneladas).
Tal ampliação se deve, principalmente, à produção do grão em maior escala, seguida da demanda externa mais aquecida. Outro fato curioso é a mudança nas posições dos maiores importadores de milho até setembro: Vietnã, Egito e Irã.
Dessa forma, é esperado um volume superior ao de 2018, visto que ainda restam três meses para o encerramento desse ano e 14,36% para alcançar a quantidade escoada no ano passado.
Fonte: Imea