A paridade de exportação atua como um formador de preços e nesse sentido, em fevereiro,
a paridade para o milho mato-grossense, com contrato para jul/19, fechou o mês a R$ 19,33/sc, exibindo um recuo de 9,87% em relação ao último dia de janeiro.
Um dos motivos que pautaram a queda foi a desvalorização do cereal na bolsa de Chicago (jul/19) em 3,37%, influenciada pelas indefinições quanto à guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.
Os prêmios de milho nos portos também apresentaram recuo de 7,14%, no entanto, a recuperação do dólar em 2,37% pelo menor apetite dos investidores no exterior ante à guerra comercial, impediu um recuo ainda maior do preço.
Apesar de a paridade de exportação ainda estar R$ 1,52/sc acima do que foi visto no mesmo período de 2018, é importante que o produtor continue atento aos acontecimentos do mercado externo e suas influências no preço do cereal mato-grossense.
Confira os principais destaques do boletim:
• As cotações do cereal na CME-Group encerraram a semana com recuo de 1,53% e 1,63% para os contratos de mar/19 e jul/19. Os investidores continuam aguardando notícias sobre as negociações entre a China e os EUA.
• A cotação do dólar corrente exibiu recuperação de 0,48% na última semana. A alta se deu pela cautela dos investidores em relação à Previdência, visto que o presidente do Brasil indicou que pode suavizar alguns pontos da reforma.
• O prêmio de exportação em Paranaguá (ago/19) encerrou a semana com queda de 10,71%, em consequência da baixa procura pelo milho nos portos brasileiros.
• A base MT-CME apresentou alta de 13,44%, tanto pelo aumento no preço do milho mato grossense, quanto pela baixa das cotações na CME-Group.
Fim da janela:
A janela ideal para a semeadura do milho em MT, que vai até a última semana de fevereiro, chegou ao fim.
Com isso, o Imea estima que 95,85% da área do cereal na safra 18/19 tenha sido cultivada dentro desse período, o que é considerado um recorde na série histórica do Estado e um indicador de que as lavouras consigam se desenvolver de forma satisfatória.
Isso porque, em vista de que o período de crescimento e desenvolvimento do milho é afetado, entre outros fatores, pela umidade do solo, a previsão de precipitação pluviométrica da Somar traz para o mês de março um acumulado de chuvas variando em torno de 213,4 mm a 367,7 mm nas regiões produtoras.
A estimativa pode ser satisfatória, sobretudo, para a fase de pendoamento do grão, importante estágio para a definição da produtividade, que está prevista que alcance até 74,20% das lavouras entre o período de abril.
Dessa forma, o comportamento climático neste período será importante para o desenvolvimento da safra.
Fonte: IMEA