Os derivados de milho pareceram acompanhar o movimento do mercado de sua principal matéria-prima nesta semana e não houve significativas alterações nos preços. Por um lado, agentes consultados nos relatam que o ideal seria que houvesse alguma redução nas cotações para clientes, em busca de uma maior demanda, mas que isso não é possível, em razão dos custos que vêm se elevando.

Estes custos não dizem respeito somente à matéria prima – que em média encontra-se por volta de R$ 92,00 a R$ 95,00 em todo o Estado do Paraná -, mas também a outros componentes, como energia elétrica e fretes, que já tem um impacto significativo no mercado de milho.

Entre as diversas praças consultadas pela T&F Consultoria nesta semana, o aumento médio foi de 19% nos custos, se comparado ao mês anterior. Ao que tudo indica, as principais vendas da semana foram ligadas ao grits e à canjica. Também ouvimos comentário sobre um mercado um pouco mais aquecido para o farelo, com compradores ligados ao setor bovino interessando-se pelo produto disponível, no entanto, com alguma alteração de preços abaixo dos níveis da semana passada.

Um impacto significativo deste mês diz respeito à safrinha, na qual eram esperadas baixas nos preços do milho, às quais não têm ocorrido. Ademais, há pouca disponibilidade do produto, que se encontra em atraso em relação à sua colheita: no Paraná, por exemplo, é previsto que a colheita na maior parte das regiões ocorra somente a partir de julho. Para ser ter uma ideia, no mesmo período do ano passado, cerca de 15% das áreas se encontravam em maturação no Paraná, enquanto que este ano, somente 6% estão neste estágio, segundo o Deral.



Fonte: T&F Agroeconômica

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