Por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 01/08
Milho: A cotação de setembro24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,20% ou $ -0,75 cents/bushel a $ 382,00. A cotação para dezembro24, fechou em baixa de -0,31 % ou $ -1,25 cents/bushel a $ 398,50.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. Com o clima e a qualidade das lavouras com pouca possibilidade de alteração o mercado está de olhos no comercio do milho. Os produtores locais aproveitam qualquer alta para abrirem espaços nos silos para a nova safra e com isso pressionam as cotações no físico.
As vendas internacionais, por mais que estejam acima do ano anterior, não dão conta de escoar a volumosa safra 23/24. Com o bom desempenho das lavouras, a perspectiva é que os EUA tenham novamente uma supersafra de milho. Nesta dinâmica, os preços caem, as vendas semanais caíram e a cotação do cereal já tem duas datas abaixo dos US$ 4 bushel.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Dólar tem máxima desde dezembro de 2021, e contratos de milho fecham em alta
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em alta nesta quinta-feira (01). Próximo da liquidação do vencimento de setembro, exportadoras passaram a oferecer prêmios maiores nos portos, o que auxiliou para que contrato de milho tivessem ganhos expressivos em relação ao dia de ontem, e até a semana passada.
No mesmo tom, o dólar subiu fortemente, em maior valor desde 21 de dezembro de 2021: a moeda norte-americana atingiu uma alta de R$ 5,743, para fechar cotado a R$ 5,735 (+1,43%).
OS FECHAMENTOS DO DIA 01/08
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de setembro/24 foi de R$ 60,57, apresentando alta de R$ 0,98 no dia, alta de R$ 0,74 na semana; novembro/24 fechou a R$ 64,30, alta de R$ 0,74 no dia, baixa de R$ 0,70 na semana; o vencimento janeiro/25 fechou a R$ 67,33, alta de R$ 0,38 no dia e baixa de R$ 1,02 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-VENDAS MENORES (BAIXISTA)
No seu relatório semanal sobre as exportações dos EUA, o USDA reportou hoje vendas de milho 2023/2024 de 167,9 mil toneladas, abaixo das 331,4 mil toneladas do relatório anterior e do intervalo calculado pelas empresas privadas, entre 275 mil a 600 mil toneladas. O México, com 94,9 mil toneladas, foi o principal destino. As vendas 2024/2025 foram de 710,9 mil toneladas, um pouco abaixo das 745,2 mil toneladas da semana passada, mas dentro da faixa esperada pelo mercado, que era de 400 mil a 800 mil toneladas. O México também foi o principal comprador, com 218,3 mil toneladas.
EUA-MAPA DA SECA
Depois de atualizar o mapa que monitoriza a seca nos Estados Unidos, o USDA elevou hoje a área coberta com milho que sofre algum nível de seca de 4 para 5%, um valor muito inferior aos 57% da mesma altura em 2023.
BRASIL-EXPORTAÇÕES MAIORES
Na revisão semanal das estimativas, a ANEC elevou a previsão para as exportações brasileiras de milho durante julho de 4,56 para 4,73 milhões de toneladas, acima das 982.486 toneladas de junho, mas ainda abaixo dos 5,94 milhões do sétimo mês de 2023.
ARGENTINA-COLHEITA ACELERA E CHEGA A 92%
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) informou em seu relatório semanal que a colheita argentina de milho entrou na reta final, depois de colhido 92% da área prevista, com rendimento médio nacional de 6480 kg por hectare.
“Em relação à média das últimas cinco safras, há um avanço de 7,4 pontos percentuais devido, principalmente, à falta de umidade deixada no último mês, somada às geadas que aceleraram o processo de secagem diante do complexo de vírus e bactérias associados ao Dalbulus maidis, os colaboradores relataram que tiveram que avançar no trabalho para evitar o risco de tombamento em decorrência do enfraquecimento causado pela doença”, afirmou a entidade.
Acrescentou que, quanto aos resultados zonais, a NEA foi a área mais afetada, com rendimentos em torno de 3140 kg por hectare, embora a NOA, o Centro-Norte de Córdoba e o Centro-Norte de Santa Fé também tenham sofrido perdas significativas de rendimentos. “Neste contexto, mantemos a nossa projeção de produção em 46,50 milhões de toneladas”, indicou a Bolsa.
Fonte: T&F Agroeconômica
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