A colheita atingiu 74% da área. Em função da estiagem, a produtividade foi reestimada para 6.866 kg/ha, o que representa redução de 3,5% em relação à estimativa inicial de 7.116 kg/ha. As lavouras em fase de maturação correspondem a 11%, e o potencial produtivo está inferior ao das áreas semeadas no início do período recomendado.

As lavouras semeadas tardiamente, que totalizam 15% da área cultivada, ainda dependem das condições climáticas. As chuvas mais recorrentes em fevereiro e início de março favoreceram o desenvolvimento, o vigor vegetativo e o potencial produtivo. Todavia, a continuidade desse desempenho está condicionada à ocorrência de chuvas regulares, uma vez que parte dessas lavouras se encontra na fase de enchimento de grãos (8%), e que áreas implantadas em janeiro estão em estágios críticos, como pendoamento e embonecamento (4%), altamente sensíveis ao déficit hídrico.

As lavouras tardias apresentam boas condições fitossanitárias, e há baixa incidência de doenças e pragas. O monitoramento e o controle da cigarrinha continuam em lavouras até o estágio V10 (completo desenvolvimento das dez primeiras folhas).

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Aceguá, o desenvolvimento das lavouras está satisfatório. Em áreas com estande adequado e maior investimento em insumos, o potencial produtivo supera 7 mil kg/ha, significativamente superior à média histórica do município.

Na de Caxias do Sul, a colheita está em andamento. Nos municípios de menor altitude, a operação está mais avançada; já nos Campos de Cima da Serra chega à fase inicial em decorrência da semeadura tardia, realizada entre outubro e novembro. Nessa altitude, o ciclo das plantas é mais longo, influenciado pela menor soma térmica, resultante das temperaturas mais baixas. A expectativa de rendimento da safra está ligeiramente abaixo da projetada no momento da semeadura devido a perdas significativas em algumas localidades. Porém, a qualidade dos grãos está elevada, o que pode agregar valor ao produto no mercado.

Na de Erechim, a colheita foi tecnicamente encerrada. A produtividade, estimada em 9.748 kg/ha, foi considerada muito satisfatória pelos produtores, que planejam expandir a área no próximo cultivo.

Na de Frederico Westphalen, a colheita alcança 95%. A produtividade está estimada em 8.342 kg/ha, cerca de 5% superior aos 7.920 kg/ha projetados antes do plantio.

Na de Ijuí, as lavouras que atingiram a maturação foram colhidas (97%), restando 3%, semeadas entre meados de dezembro e janeiro. A produtividade está estimada em 8.683 kg/ha, considerada muito satisfatória, apesar da redução de 7% nos 9.356 kg/ha projetados inicialmente.

Na de Pelotas, 5% encontram-se em desenvolvimento vegetativo; 14% em pendoamento; 40% em enchimento de grãos; 10% em maturação; e 31% foram colhidos. As produtividades variam entre 3.500 kg/ha e 6.000 kg/ha, e a estimativa é de 4.277 kg/ha.

Na de Santa Maria, a cultura sofreu impactos significativos da estiagem e das altas temperaturas, resultando em perdas generalizadas. A produtividade estimada está em 4.641 kg/ha. Muitas lavouras de segunda safra estão sendo destinadas à silagem em razão do comprometimento do rendimento de grãos. Em Formigueiro e Júlio de Castilhos, além da estiagem, há intenso ataque de aves, como caturritas e periquitos, agravando as perdas na produção.

Na de Santa Rosa, a colheita permanece em 92%. A produtividade está estimada em 7.231 kg/ha. As lavouras remanescentes estão predominantemente em fase vegetativa, e parte nas fases de florescimento e inicial de enchimento de grãos. A redução da umidade do solo, associada aos prognósticos de tempo seco nos próximos dias, gera preocupação, pois algumas lavouras apresentam sintomas de estresse hídrico.

Na de Soledade, a colheita corresponde a 55% da área. A produtividade está estimada em 4.357 kg/ha. Os cultivos de semeadura tardia encontram-se principalmente na fase reprodutiva, abrangendo floração, enchimento de grãos e maturação fisiológica.

 Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,88%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,29 para R$ 68,89.

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Fonte: Emater/RS 



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1859

Site: EMATER/RS

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