Devido às diversas características minerais e químicas, os nutrientes apresentam comportamentos distintos de mobilidade no solo e nas plantas, sendo geralmente classificados como móveis, parcialmente móveis e imóveis. Compreender essa mobilidade é crucial para o planejamento e a implementação de práticas de manejo relacionadas à nutrição das plantas, como a adubação em sulco ou a lanço, além da fertilização foliar.

Determinados nutrientes por apresentar baixa mobilidade no solo e/ou imóveis, devem ser posicionados próximo a zona radicular da planta, facilitando a absorção pelas raízes. Já nutrientes com maior mobilidade, podem ser posicionados até mesmo na superfície do solo, fato que contribui para o aumento do rendimento operacional em práticas de adubação.

Contudo, para evitar o desperdício de fertilizantes, assim como maximizar a eficiência do uso dos nutrientes pelas plantas, é preciso conhecer quais são os nutrientes móveis, parcialmente móveis e os imóveis no solo e na planta. Além disso, a mobilidade dos nutrientes na planta afeta suas respostas fisiológicas, como a expressão de sintomas de deficiências nutricionais, que podem ser percebidos nas folhas jovens ou nas folhas velhas da planta, dependendo da mobilidade do nutriente no floema.

Nesse contexto, conhecer a mobilidade dos nutrientes no solo e na planta é crucial para o adequado manejo nutricional, assim como para a diagnose de deficiências nutricionais nas plantas. Além disso, vale destacar que há diferença entre a forma de absorção dos nutrientes pelas plantas.



Os nutrientes móveis apresentam alta solubilidade, sendo predominantemente encontrados na solução do solo. Sua mobilidade por fluxo de massa é elevada, permitindo que se desloquem por longas distâncias, tornando-se prontamente disponíveis para as plantas, mas também suscetíveis à lixiviação.

Os nutrientes de mobilidade intermediária, embora solúveis, estão presentes em menores quantidades na solução do solo, pois são adsorvidos pelos complexos de argila. No entanto, são facilmente liberados para a solução, proporcionando uma disponibilidade moderada para as plantas.

Já os nutrientes imóveis são fortemente retidos pelas partículas da fração argila do solo, dificultando sua liberação para a solução. Seu deslocamento até as raízes ocorre principalmente por difusão, impulsionado pelo gradiente de concentração.

Confira abaixo a classificação dos principais nutrientes da soja, quando a mobilidade no solo e na planta, formas de absorção e onde a planta expressa os sintomas de deficiência  (folhas jovens ou folhas velhas).

Tabela 1. Classificação dos nutrientes quanto à forma iônica de absorção, sua mobilidade no solo e na planta, mecanismos utilizados para absorção e local onde ocorre os sintomas visuais de deficiências.
Fonte: Tagliapietra et al. (2022)

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Referências:

TAGLIAPIETRA, E. L. et al. ECOFISIOLOGIA DA SOJA: VISANDO ALTAS PRODUTIVIDADES. Santa Maria, Ed. 2, 2022.

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