Promovido pela Syngenta, o One Agro 2022, contou com mais de mil pessoas no The Royal Palm Plaza, em Campinas (SP), dentre pesquisadores, autoridades, empresários e influenciadores, debatendo os principais caminhos do agronegócio do país, traçando um novo rumo ainda mais forte e sólido, os quais representam 40% do PIB agrícola brasileiro e ⅓ da área cultivada do país.
Foram 17 dos mais relevantes palestrantes do setor, do Brasil e do mundo, além de painéis de discussão e arenas interativas. O evento uniu estes protagonistas para discutir os principais pontos da agricultura, auxiliando o produtor rural a superar os seus obstáculos, aumentando a produtividade e consequentemente a sua lucratividade.
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A preservação ambiental e a sua coexistência com a agricultura, foram a proposta primordial do evento, que voltou a ser presencial neste ano, após o período de pandemia.
Tema Central: Transformação
Painéis:
Dentro destes dois dias de palestras, painéis e arenas, os principais pilares abordados foram:
- Sustentabilidade: debatendo sobre o bloqueio do setor agrícola do Brasil, ESGs e barreiras não alfandegárias;
- Logística: discussões sobre o fornecimento de toda a cadeia agro, bem como os desafios logísticos no Brasil;
- Mercado Financeiro: temas como o financiamento do setor privado, seguros, recursos externos e relacionamento comercial com outros países;
- Novos Modelos de Negócios: como a transformação e velocidade de novos modelos de acesso ao mercado impactam o setor agrícola, bem como seus principais desafios.
Destaques:
O evento contou com grandes lideranças do agronegócio brasileira em debates que mostraram a importância do setor para a economia brasileira e segurança alimentar mundial. Dentre as diversas palestras e debates, podemos destacar o Ministro da Agricultura, Marcos Montes, trazendo um panorama da agricultura brasileira, dos principais desafios e soluções que temos para nos tornarmos ainda melhores. Um dos grandes desafios citados pelo Ministro foi em relação à conectividade no país, onde apesar de nos últimos anos o número de pessoas com acesso a internet, tenha aumentado substancialmente, ainda é um empecilho em determinadas áreas, seja pelo acesso ou pela qualidade do acesso.
Também comentou sobre a Lei 6.299/2002 que sua aprovação irá muito além da troca do nome “agrotóxicos” para “pesticidas”, mas também desburocratizando o processo de registros de produtos, que atualmente passa por 3 órgãos fiscalizadores (IBAMA, ANVISA e MAPA), centralizando as ações no MAPA, trazendo IBAMA e ANVISA como entidades consultivas.
O Ministro salientou também a importância e conscientização do produtor brasileiro em relação à sustentabilidade, onde 33% das nossas reservas ambientais estão dentro das propriedades rurais.
“O mundo precisa do Brasil. E o Brasil vai dar a resposta.” Foi o que disse Marcos Montes em relação à segurança alimentar no mundo, onde o Brasil de maneira sustentável e produtiva, possa gerar mais e mais alimento para o mundo – Que o Brasil possa ser exemplo para o mundo, não apenas na produção de alimentos, mas também na sustentabilidade – finalizou.
Os líderes da Syngenta Juan Pablo Llobet e Erik Fyrwald também trouxeram a sua visão sobre os temas. Para Juan Pablo, assumir o papel de catalisador da transformação do agro é algo de grande responsabilidade para a Syngenta, organizadora do evento e que reuniu estes importantes agentes em um único lugar.
Erik Fyrwald, salientou a unidade brasileira em relação ao crescimento no agronegócio “Não há outro país no mundo como o Brasil, que cresce e avança em conjunto”. Trouxe para debate as duas grandes crises, na sua visão, que precisam ser resolvidas o mais breve possível. A segurança alimentar, onde 811 milhões de pessoas não possuem o suficiente para se alimentar, e as mudanças climáticas, onde o agro emite 12% dos Gases do Efeito Estufa.
No segundo dia, os painéis abordados foram sobre a modernização dos financiamentos do agronegócio, desafios logísticos e novos modelos de negócio.
Para José Angelo Mazzilo Júnior, Secretário Adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária, ainda não somos o celeiro do mundo, precisamos ser o maior exportador e produtor de grãos do mundo. Segundo levantamento feito pela EMBRAPA com base nos dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 2020, somos a 4ª maior potência produtora de grãos do mundo, sendo o maior exportador de grãos em valor, o que, em 2020, era uma receita de R$ 37 bilhões, equivalente a 22,2% das exportações globais.
Segundo o secretário, existem novas e gigantescas oportunidades de investirmos no setor, tendo em vista, que o giro anual agropecuário é de R$ 800 bilhões.
Para Marino Colpo, Co-Fundador e CEO na Boa Safra Sementes houve uma mudança de atitude dos investidores, desde a abertura de capital na bolsa de valores da empresa, 29 e abril de 2021, um pouco mais de um ano atrás, e agora.
Onde o número de investidores saiu de 13 mil pessoas, para mais de 35 mil. Mostrando que o setor está, sim, olhando para o agronegócio como oportunidade, sabendo que o agro move o Brasil, não apenas sazonalmente, mas que “O agronegócio é o Brasil que dá certo” como dito por Marino durante o evento e finalizou: “Senhores, o agro é 27% do PIB e somos 10% da população” reforçando a força do agro e a importância para o Brasil.
Confira a agenda dos dois dias de evento e veja quem mais participou do evento.
Redação: Equipe Mais Soja