Algumas pragas comuns do trigo, são características pelos danos diretos causados à cultura, enquanto outras se destacam pelos danos indiretos. Uma das pragas cujos danos indiretos são mais preocupantes que os danos diretos são os afídeos do trigo, popularmente conhecidos como pulgões.

Os pulgões se destacam pelos danos indiretos ao trigo, mais especificamente pela transmissão do vírus do nanismo amarelo da cevada (Barley/Cereal yellow dwarf vírus). Segundo Joris et al. (2022), dependendo da sensibilidade da cultivar, o vírus do nanismo amarelo da cevada pode causar redução de produtividade de até 80%, podendo em situações severas, comprometer a viabilidade e rentabilidade da lavoura.

Dentre as principais espécies de pulgões que acometem o trigo, destacam-se o pulgão-verde-dos-cereais (Schizaphis graminum), o pulgão-do-colmo (Rhopalosiphum padi), o pulgão-da-folha (Metopolophium dirhodum) e o pulgão-da-espiga (Sitobion avenae). Considerando que os pulgões são o principal vetor da transmissão do vírus do nanismo amarelo da cevada, o controle desses vetores constitui uma das principais e mais eficientes estratégias de manejo no combate ao vírus do nanismo amarelo da cevada.

Conforme recomendações técnicas pré-estabelecidas, o monitoramento e o critério para a tomada de decisão no controle de pulgões em trigo, baseiam-se no estádio de desenvolvimento do trigo e níveis populacionais da praga conforme apresentado na tabela 1.



Tabela 1. Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de pulgões em trigo.

Fonte: Cunha & Cairão (2023)

Vale lembrar que o desenvolvimento dos afídeos é favorecido por condições de temperatura amena e clima mais seco (Santana et al., 2012), logo, deve-se destinar atenção especial ao monitoramento da praga em anos cujas condições climáticas são propícias ao desenvolvimento dos pulgões.

Referências:

JORIS, H. A. W. et al. Informações técnicas para trigo e triticale: 14ª reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de trigo e triticale. Castro, PR: Fundação ABC e Biotrigo Genética, 2022. Disponível em: < https://www.conferencebr.com/conteudo/arquivo/informacoes-tecnicas-para-trigo-e-triticale–safra-2022-1649081250.pdf >, acesso em: 29/06/2023.

CUNHA, G. R.; CAIRÃO, E. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRA 2023. Embrapa, 2023. Disponível em: < https://www.conferencebr.com/conteudo/arquivo/informacoestecnicastrigotriticalesafra2023-1683736866.pdf >, acesso em: 29/06/2023.

SANTANA, F. M. et al. MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇA DE TRIGO. Embrapa, Documentos, n. 108, 2012. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/990828/manual-de-identificacao-de-doencas-de-trigo >, acesso em: 29/06/2023.

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