A amostragem do solo é a base para o uso racional, sustentável e econômico dos solos, por meio da recomendação correta de fertilizantes e corretivos, que, por sua vez, serão responsáveis por parte considerável da produtividade da cultura de interesse.A partir de uma amostragem correta do solo, é feita a análise dos atributos químicos, uma técnica de rotina utilizada para avaliação de sua fertilidade.

Na interpretação, procura-se determinar o grau de suficiência ou deficiência de nutrientes, além de quantificar condições adversas que prejudicam o desenvolvimento das plantas (acidez, salinidade, toxidez de alumínio, teor de nutrientes, entre outros).


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Fatores como as condições físicas e biológicas também devem ser usados na interpretação dos resultados e recomendação para que o produtor alcance o maior potencial produtivo do solo.

Pensando nisso, na terceira temporada do Dicas Mais Soja, a Dra. Amanda Posselt, professora da Universidade Federal do Rio Grande Do Sul – UFRGS, comentou sobre a amostragem de solo e os principais cuidados que devemos ter ao realizar essa prática tão importante no manejo do solo.



A amostragem de solo é uma etapa primordial no manejo da fertilidade do solo, seja para calagem ou para adubação, pois trata-se do diagnóstico. Dessa forma, devemos iniciar do jeito correto para terminarmos também de maneira correta, destacou a pesquisadora.

Mas e o que devemos cuidar no momento da amostragem?

Existem vários amostradores, mas tudo vai depender da umidade do solo, da textura do solo, da compactação e outros fatores, dessa forma, devemos testar os equipamentos e vermos qual o mais adequado para cada solo e situação.

Porém, o que não deve acontecer é a perda dos primeiros centímetros de solo durante a amostragem, na camada superficial, que é extremamente importante para uma diagnose correta e pode ser mais fácil de ocorrer em solos mais arenosos, por exemplo.


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Outro problema que devemos evitar, citado pela pesquisadora, é coletarmos uma fatia de solo que não seja homogênea. Por exemplo, as camas inferiores devem ter a mesma quantidade de solo coletada em relação às camadas superiores. Não se pode ter uma quantidade maior de uma determinada camada e menor de outra, pois isso irá dificultar a análise desse solo.

A pesquisadora cita que esse problema é comum de acontecer com o trado holandês, por exemplo, que retira uma fração menor nas partes de cima e de baixo e uma fração maior no meio do equipamento. Isso pode ser corrigido no campo, mas o melhor seria evitar esse tipo de amostrador e buscar um que quantifique melhor as camadas do solo que será amostrado.

Apesar de demandar mais tempo, e de retirar uma quantidade maior de solo, a pá de corte ainda é considerada como amostrador universal, pois funciona na maioria das situações e quantifica de maneira mais homogênea as diferentes camadas ao longo do perfil.

Dependendo do sistema e da cultura que estamos prevendo para a recomendação, teremos uma camada de solo a ser coletada. De maneira geral, em sistemas sem revolvimento do solo é recomendado a camada de 0-10 cm para a recomendação de adubo, e eventualmente para monitoramento a camada de 10 a 20 cm.

Em sistemas com plantas perenes, como as frutíferas ou sistemas com revolvimento do solo, deve ser amostrada a camada de 0-20 cm com monitoramento eventual de 20 a 40 cm, principalmente no caso das frutíferas.

Para ouvir a conversa da pesquisadora com o Mais Soja, assista o vídeo abaixo.

https://www.facebook.com/maissoja/videos/957859187943607/?t=174



Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

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