CUSTO DE PRODUÇÃO MENOR:

O custo de produção divulgado pelo Projeto Rentabilidade (Senar-MT e Imea) apontou uma redução de 0,71% no custeio do milho da safra 23/24 em mar/23 ante a fev/23, ficando em R$ 3.493,28/ha. Essa queda foi justificada pela retração nos custos com defensivos e macronutrientes em 1,64% e 0,84%, respectivamente, puxada pela desvalorização do dólar e pela menor demanda que impactou nos preços dos insumos, além disso o recuo no preço do diesel, influenciou no custo com operações mecanizadas em -1,31%. Com a diminuição no custeio, aliada ao recuo do arrendamento em 1,13%, o COE ficou em R$ 4.754,30/ha. Assim, apesar da queda nos custos, o preço do milho vem diminuindo e para que o produtor modal consiga cobrir as suas despesas do COE da safra 23/24 é necessário que ele negocie o seu cereal a pelo menos R$ 45,01/sc, 7,55% a mais que na safra 22/23.

Confira os destaques do Boletim:

DESVALORIZAÇÃO: devido à queda no prêmio, a paridade de exportação jul/23 apresentou recuo de 15,45% no comparativo semanal e ficou cotada a R$ 46,61/sc.

RETRAÇÃO: com o cancelamento das compras chinesas de milho dos EUA, o preço na CME-Group desvalorizou 4,22% na última semana e ficou precificado em US$ 6,40/bu.

RECUO: o preço do milho em MT apresentou uma variação de -3,88% ante a semana passada, em decorrência da queda na CME-Group e baixa demanda interna.

Em MT, o Imea manteve a estimativa de área de milho para a safra 23/24 e reajustou a projeção de produtividade para a temporada

Com uma perspectiva positiva em relação à safra, devido aos bons volumes pluviométricos até o final de abr/23 na maior parte do estado, o rendimento médio ficou estimada em 105,62 sc/ha, alta de 1,28% ante ao mês passado. Dessa forma, a produção final passa a ser de 47,00 mi de t. No que se refere à demanda para a temporada, a estimativa de exportação se manteve em 28,76 mi de t e com a ampliação na expectativa de consumo de etanol pelas usinas, o consumo MT aumentou em 7,68% ante a abr/23 e com isso a demanda exibiu uma alta de 1,49% no período. Esse aumento só não foi maior devido à retração do consumo interestadual (-5,77%), pautado pelas perspectivas positivas em relação à produção dos demais estados brasileiros. Por fim, com uma oferta de 47,64 mi de t e uma demanda de 46,94 mi de t, os estoques finais ficaram projetados em 700,40 mil t.

Fonte: Boletim semanal n° 747 – Milho – IMEA



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