A colheita do trigo avançou para 98% das lavouras, ou seja, 1,09 milhão de hectares. Em geral, o balanço dessa safra é positivo no Estado, com boa produtividade e qualidade do produto, além da boa remuneração

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, avançou a colheita na Campanha. A produtividade varia com relação à infestação com azevém e aveia, além de problemas com estande inadequado de plantas. A maior parte das lavouras ainda está em maturação. Produtores intensificam a colheita de áreas com umidade mais baixa, consequentemente melhor índice de PH, diretamente ligado a remuneração do produto. Na Fronteira Oeste, após a ocorrência de dias com instabilidade e chuva, a colheita aproxima-se do encerramento. A maioria das lavouras têm PH acima de 78.

Com o ciclo finalizado nas regionais de Santa Rosa, Ijuí e Frederico Westphalen, o balanço da safra 2021 foi considerada positivo devido a boa qualidade do produto e ao preço pago ao produtor. Na região de Ijuí, a produtividade apresentou grande variabilidade entre lavouras e diferentes localidades nos municípios. Na de Santa Rosa, algumas lavouras tiveram altas produtividades, em especial as semeadas no início do período recomendado e tiveram boas chuvas na fase de desenvolvimento vegetativo, perfilhamento e emborrachamento, atingindo de 3.600 a quatro mil quilos por hectare, com excelente retorno financeiro.

Entretanto, plantios mais tardios tiveram perdas de produção e especialmente redução da qualidade do produto (pH menor que 72) em função do grande volume de chuvas na fase de maturação e pela grande incidência de doenças como giberela e brusone. Na de Frederico Westphalen, uma situação que causa preocupação e dificuldades na comercialização é a presença de micotoxinas – vômitoxina. A situação está associada ao alto volume de grãos atacados e contaminados pela giberela. Em decorrência da frequência de chuvas entre o final de agosto e em setembro muitos agricultores tiveram dificuldades no manejo desta doença.

Nas regionais de Passo Fundo, Erechim e Porto Alegre, a colheita também foi finalizada; as produtividades médias ficaram em 3.500, 3.300 e 2.880 quilos por hectare, respectivamente. Nas regionais de Soledade, Santa Maria e Pelotas, a colheita se encaminha para encerramento; restando 20% na de Pelotas, que serão colhidas na semana. A produtividade média em 3.200 na de Soledade e 2.700 quilos por hectare nas outras regiões.

Na de Pelotas, alguns produtores colhem até 4.320 quilos por hectare. O PH do trigo é acima de 78, a pouca umidade nessa fase de colheita favorece a qualidade do grão. Rapidamente as áreas colhidas são semeadas com a cultura da soja.

Na regional de Caxias do Sul, a colheita está tecnicamente encerrada nos municípios de menor altitude. Já nos Campos de Cima da Serra, a colheita deverá se estender ainda durante a primeira quinzena de dezembro. O rendimento médio é superior à expectativa inicial, com média superando os 3.600 quilos por hectare e peso hectolitro superior a 78.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Conforme o levantamento semanal de preços realizados pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço médio do trigo aumentou dois centavos, passando de R$ 81,61 para R$ 81,63/sc. O preço do produto disponível em Cruz Alta aumentou para R$ 93,00/sc.

Na região de Santa Rosa, muitas cerealistas compram trigo com PH 77 e pagando ao produtor o valor de R$ 77,00/sc.; com PH 76 a R$ 73,00; com PH 75 ao valor de R$ 70,00 e com PH 74 remuneram o trigo com R$ 67,00/sc. Alguns cerealistas compram triguilho com PH 72 ao preço de R$ 55,00/sc. de 60 quilos. A maioria dos produtores têm comercializado logo a produção para evitar perdas com queda de preço devido ao aumento da oferta de safra, além de que muitos usam o trigo como moeda para pagamento de insumos das lavouras de milho e soja



Fonte: Emater-RS

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