InícioDestaqueSemeadura do milho avança no RS e chega a 90% da área

Semeadura do milho avança no RS e chega a 90% da área

A área semeada novamente evoluiu pouco em relação ao período anterior, alcançando 90%. A colheita foi iniciada na Região Celeiro e no Alto Médio Uruguai, mas representa apenas 1% da área cultivada no Estado. As lavouras em maturação alcançam 11%, e em enchimento de grãos 37%. As projeções de rendimento permanecem variáveis: parte dos cultivos mantém o potencial inicial; e parte sofreu reduções devido à incidência de pragas, de doenças ou de danos decorrentes de eventos climáticos adversos ao longo do ciclo de desenvolvimento.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições climáticas permanecem favoráveis para as lavouras mais avançadas, que estão em fase de enchimento de grãos e em maturação, assim como para as lavouras em fase inicial de desenvolvimento, plantadas em dezembro. Alguns problemas pontuais relacionados ao excesso de umidade persistem em municípios da Campanha, prejudicando o avanço do plantio e a aplicação de inseticidas, herbicidas e fertilizantes em cobertura. Os produtores monitoram a presença de cigarrinha, lagarta e percevejo nas lavouras mais recentes.

Em Manoel Viana e Maçambará, observa-se redução de umidade nos grãos das lavouras mais avançadas, e o início da colheita deve ocorrer nos próximos dias. Em São Borja, alguns produtores provavelmente acionarão o seguro do Proagro, pois a estimativa de produtividade das lavouras não deverá ser suficiente para cobrir os custos. As chuvas e a consequente falta de luminosidade, nesse município, durante o período de floração das áreas, provocaram grande número de falhas nos grãos das espigas, tombamento de plantas e enfezamentos, transmitidos pela cigarrinha.

Na de Erechim, toda a área destinada ao plantio está cultivada. Entre as fases, 80% das
lavouras estão em fase reprodutiva ou enchimento de grãos, 15% em amadurecimento, e 5% maduros aguardando a colheita. A colheita de lavouras lindeiras ao Rio Uruguai será iniciada na próxima semana. O predomínio de dias ensolarados promoveu maior taxa de fotossíntese, favorecendo o desenvolvimento.

Na de Frederico Westphalen, 5% da área encontra-se na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo; 15%, em florescimento; 20%, em formação de grãos; 53%, em maturação; e 7%, colhidos. O início da colheita evidencia o comprometimento da produtividade das lavouras implantadas no início de agosto em virtude do excesso de chuvas, que afetou a polinização, intensificou o surgimento de doenças e dificultou o manejo da adubação nitrogenada. A produtividade média da região poderá ser afetada, mas as lavouras implantadas em setembro apresentam alto potencial produtivo, o que pode compensar as perdas nas áreas plantadas mais cedo.

Na de Ijuí, observou-se aumento significativo de doenças radiculares e de colmos na cultura, bem como considerável variação de incidência entre diferentes híbridos, evidenciando maior resistência em determinadas cultivares. Os sintomas manifestam-se principalmente nas folhas e colmos, partes que sofrem ressecamento. Nas lavouras mais afetadas, percebe-se maturação antecipada e tombamento de plantas. Nas áreas onde os sintomas de doenças estão mais pronunciados, não acontece a conclusão da fase de enchimento de grãos, o que reflete em redução do potencial produtivo.

Porém, em lavouras com híbridos mais resistentes e/ou menor incidência de doenças, o enchimento de grãos ocorre normalmente, e o potencial produtivo é elevado. Atualmente, 15% das lavouras encontram-se em maturação, e 2% foram colhidas.

Na de Santa Maria, o plantio permanece em 60% da área. O restante será semeado a partir do final de dezembro, após a conclusão da colheita das lavouras de tabaco. Em relação à fase de desenvolvimento, 50% da área plantada encontra-se em desenvolvimento vegetativo, 35% em floração, e 15% em enchimento de grãos.

Na de Soledade, as lavouras semeadas em agosto e setembro apresentam doenças foliares e de solo devido ao excesso de umidade. Há também alta incidência de plantas daninhas não controladas, que ocasionarão perdas de produção. As semeaduras de outubro mostram melhor potencial produtivo, mas também apresentam problemas causados por doenças foliares. Em regiões onde a colheita do tabaco está se encerrando, a semeadura de lavouras de safrinha começou e deve prosseguir, nas próximas semanas, em ritmo intenso.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, foi de R$ 60,95, o que significa um aumento de 2,70 % em comparação com a semana anterior, quando cotado em R$ 59,35.

Fonte: Emater/RS



 

Equipe Mais Soja
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