Negócios em dezembro: Segundo o Imea, a comercialização do milho 18/19 em MT no mês de dez/19 avançou 0,65 p.p., alcançando 99,40% da safra já comercializada. O bom cenário para o cereal dos últimos meses fez com que os negócios se dessem de forma adiantada na safra 18/19, que está 4,27 p.p. à frente do mesmo período da safra passada.

Esse avanço fez com que os estoques ficassem baixos, elevando as cotações, devido à continuidade da demanda pelo grão. Com o mercado também favorável, a comercialização da safra 19/20, que está em processo de semeadura, teve incremento de 5,26 p.p.. Esta movimentação foi reflexo da melhora das cotações, de forma que a média mensal dos negócios ficou em R$ 25,96/saco, aumento de 10,48% em relação ao mês de novembro. Dessa forma, a comercialização está 16,23 p.p. à frente da safra passada, alcançando 56,88% da produção já negociada, tal incremento pode impulsionar a cultura no estado.

Confira os destaques do boletim:

• Com pouco milho em estoque e a constante demanda pelo cereal, o Indicador Imea-MT exibiu valorização semanal de 4,49% e encerrou a semana cotado a R$ 33,15/sc.

• Em ritmo de alta, a cotação do milho na Bolsa brasileira B3 para o contrato mar/20 apresentou 2,90% de aumento, favorecido pela diminuta oferta no mercado disponível.

• O preço paridade de exportação para jul/20 exibiu acréscimo de 0,07% na última semana fechando em R$ 22,03/sc, pautado pela valorização no dólar.

• O início da semeadura do milho 19/20 ocorreu já nos primeiros dias deste ano, de forma que alcançou 0,36% da área semeada (10/01). O tardar da colheita da soja atrasou a semeadura do cereal, que está 1,01 p.p. menor que no mesmo período da safra passada.



DESTINO DO MILHO: O Mdic divulgou os dados referentes às exportações do milho para o mês de dezembro. Nesse sentido, no ano de 2019, o Brasil exportou um acumulado de 43,25 milhões de toneladas, evidenciando um aumento de 88,54% ante o acumulado de 2018.

O Japão e o Irã foram os principais destinos do último ano, de forma que os países contribuíram com um total de 12,29 milhões de toneladas. O que mais chamou atenção foi a inversão de posições – o Irã que antes era o maior importador caiu para o 2° lugar, perdendo a 1ª a posição para o Japão. Tal inversão é reflexo da maior demanda do país asiático, uma vez que a participação anual do país passou de 1,04% para 15,89% em 2019. Já as importações iranianas do Brasil decresceram 12,54%, decorrentes dos entraves do cenário político-econômico do país.

Com a demanda mundial intensa pelo cereal, as atenções se voltam para as tensões entre o Irã e os Estados Unidos, o que pode vir a influenciar negativamente nas exportações do milho brasileiro em 2020.

Fonte: IMEA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.