Patamares elevados: No mês de fev/19 a comercialização do milho mato-grossense para a safra 17/18 avançou 0,91 p.p., alcançando 99,27% da produção. Os negócios continuam pautados, principalmente, sob a demanda do mercado interno, que costuma ser o principal consumidor neste período de entressafra, exibindo um preço médio comercializado de R$ 22,64/sc.
Já para a safra 18/19, após avançar 6,36 p.p. no último mês, as vendas alcançaram 52,90% da produção comercializada. As negociações foram pautadas nos momentos em que as cotações na bolsa de Chicago e do dólar apresentavam recuperação, além disso, empresas continuam comprando para garantir posicionamento no mercado, refletindo em um preço médio comercializado de R$ 21,01/sc no último mês.
Dessa forma, em decorrência, principalmente, dos melhores preços ofertados no mercado, ambas as safras continuam com as vendas adiantadas em relação ao mesmo período do ano passado.
Confira os principais destaques do boletim:
• O preço do milho em MT apresentou valorização de 3,11%. A alta continua pautada pela baixa oferta, aliada à pressão da demanda no mercado interno.
• As indefinições quanto ao acordo comercial entre a China e os EUA continuam pressionando as cotações de Chicago. Com isso, o contrato para jul/19 recuou em 0,69%, fechando a semana com média de US$ 3,79/bu.
• A semeadura do milho mato-grossense para a safra 18/19 avançou 3,00 p.p. na última semana e com isso já alcança 98,86% da área.
• Segundo o USDA, a relação estoque/consumo de milho no mundo para a safra 18/19 foi reduzida em 0,22 p.p. no último mês. Tanto a expectativa de aumento do consumo quanto a redução dos estoques pautaram a queda.
LOGÍSTICA DO CEREAL:
O Mdic divulgou as exportações do milho mato-grossense referentes ao mês de fev/19 e um ponto atípico vem chamando atenção: a participação dos escoamentos pelos portos do Arco Norte.
Para se ter uma ideia, do volume total de 0,88 milhão de toneladas embarcadas no último mês, 59,0% foram enviados pelo norte, enquanto que apenas 28,7% saíram pelos portos do sul e os outros 12,3% pelo oeste.
A situação chama atenção em vista de que, historicamente, grande parte dos embarques de grãos se concentrava nos portos de Santos e Paranaguá, dado a maior infraestrutura e a logística privilegiada. No entanto, apesar dos problemas com o fechamento da BR-163 em fevereiro, nos últimos anos, portos como Santarém e Barcarena têm sido beneficiados por investimentos na infraestrutura, incentivando o escoamento pela região.
Dessa forma, com uma diversificação maior nas rotas de escoamento, o milho mato-grossense pode garantir mais competitividade nos próximos anos.
Fonte: IMEA