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Uso de antiespumantes na pulverização

Os agrotóxicos são ferramentas fundamentais no controle dos principais fatores bióticos que reduzem a produção agrícola, dentre eles, destacam-se as doenças, os insetos-praga e as plantas daninhas. Nesse contexto, é fundamental garantir que a calda preparada atinja o alvo com sucesso e que as perdas por deriva, lixiviação e volatilização sejam minimizadas.

Um problema recorrente no preparo de caldas de pulverização é a formação de espuma em virtude da formulação de alguns produtos fitossanitários. Esta espuma é indesejada, uma vez que pode provocar extravasamento do tanque, reduzindo sua capacidade, além de desperdiçar produto e alterar a dose que foi recomendada pelo agrônomo. Além disso, esse vazamento do produto coloca em risco o operador, que se contamina ao entrar em contato com a espuma extravasada do reservatório.



A espuma também pode ser um problema, quando formada durante a pulverização, onde o ar no interior das bolhas pode formar gotas muito finas, conhecidas como gotas satélite, as quais são facilmente perdidas por deriva.

Para mitigar o problema, existem no mercado uma série de produtos com a função de “antiespumantes”, os quais em pequenas doses são capazes de evitar e até mesmo remover a formação de espuma. A ação de tais produtos é físico-química, porém não existe inibição dos ingredientes ativos dos demais produtos presentes no tanque de pulverização .

A eficiência dos antiespumantes está intimamente ligada à presença de componentes tensoativos que diminuem a tensão superficial das lamelas que envolvem a espuma, tornando-as instáveis até o seu rompimento, permitindo a saída dos gases do seu interior. É importante salientar que a máxima eficiência dos antiespumantes ocorre quando o produto é adicionado previamente aos demais agroquímicos, e quando o agitador do pulverizador está ligado, pois dessa forma, a pequena dose do produto pode se homogeneizar na calda, reagindo com toda a espuma presente.



Altas produtividades na agricultura estão exigindo, cada vez mais, precisão no momento da aplicação de agrotóxicos. Desta forma, tecnologias que auxiliam no processo são fundamentais, e é necessário conhecer os produtos para utilizá-los de maneira correta, prevenindo desperdícios e resultando em mais economia e produtividade.

Texto: Augusto Ferreira Lopes – Bolsista do grupo PET Agronomia/UFSM

Equipe Mais Soja
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