A colheita avançou significativamente, mesmo com registro de chuvas nas principais regiões produtoras entre os dias 22 e 24/03. O índice colhido alcançou 53% da área cultivada no Estado. A produtividade permanece próxima à inicialmente estimada, com algumas particularidades regionais, provocadas pela maior ou menor disponibilidade hídrica para a irrigação e pela incidência de temperaturas inadequadas em fases reprodutivas.
Na regional da Emater RS/Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, o município de Uruguaiana, apresenta a maior área colhida, com índice de 85%. É seguido por Barra do Quaraí e Maçambará, com 80%; São Borja, 70%; Itaqui, 60%; Quaraí e Rosário do Sul, 50%. A produtividade continua variada conforme a época de plantio, a quantidade disponível para irrigação e a eficiência no controle de plantas invasoras, sendo que este último fator refletiu em maior quantidade de impurezas. De maneira geral, os grãos apresentam baixa qualidade, que diminui o valor comercial. Na Campanha, o reduzido volume de chuvas, na semana, acelerou a colheita. Em Dom Pedrito, a colheita alcançou 55% das lavouras, pois a rizicultura local dispõe de grande estrutura de máquinas e a área semeada, neste ano, foi inferior às passadas. A produtividade das lavouras encontra-se em torno de 20% abaixo da estimativa inicial, em decorrência das temperaturas elevadas e da falta de água para irrigação em algumas localidades. Houve também impacto na qualidade, com maior proporção de grãos quebrados nas amostras analisadas pela Unidade de Classificação da Emater RS/Ascar local. Perdas semelhantes foram observadas em Caçapava do Sul, onde 35% das lavouras foram colhidas. Melhores resultados ocorreram em Aceguá, com 40% das lavouras colhidas, e a produtividade está próxima à estimativa inicial.
Na de Pelotas, não ocorreram chuvas no período, o que favoreceu a colheita, alcançando 35% da área cultivada. A produtividade permanece na mesma faixa de 8.000 a 9.000 kg/ha. Em fase de maturação dos grãos são 57% dos cultivos; em estágio de enchimento de grãos, apenas 8%.
Na de Santa Maria, com o avanço da colheita para 34%, consolidam-se os problemas de falhas e grãos gessados em lavouras que se encontravam em enchimento de grãos em janeiro, quando as temperaturas giraram em torno de 40°C por dias subsequentes.
Na de Porto alegre, a colheita alcançou 52% das lavouras. E com 40% em maturação, rizicultores esperam a permanência de tempo seco nos próximos dias, para agilizar a operação. Os rendimentos obtidos situam-se próximos a 7.800 kg/ha, sendo 4% superiores aos estimados inicialmente.
Na de Soledade, a colheita avançou pouco. O atraso deveu-se à ocorrência de chuvas, sobretudo na segunda metade do período. Com o tempo firme, a operação foi retomada e alcançou 15% da área cultivada. A produtividade obtida está à margem da esperada, porém, diferentemente das regiões mais a Oeste do Estado, a qualidade do grão é considerada adequada. Os níveis de água dos rios e arroios aumentaram com as chuvas, e a disponibilidade de água para as lavouras de arroz foi normalizada.
Comercialização (saca de 50 quilos)
Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço da saca de arroz teve elevação de +0,62% em relação à semana anterior, passando de R$ 75,74 para R$76,21.
Fonte: Emater/RS-Ascar – Informativo Conjuntural – nº 1704