Embora ainda não haja consenso nem embasamento científico para a definição das possíveis causas do encarquilhamento de folhas da soja observado em algumas regiões de cultivo, tem-se buscado a resolução desse problema ocorrente em certas regiões de cultivo da soja.
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Ainda que não haja embasamento científico para a definição desse fenômeno, técnicos e agricultores tem observado algumas condições que favorecem a ocorrência do encarquilhamento da soja. Em vídeo, o Professor Marcelo Madalosso comenta que dentre as condições observadas que favorecem o desenvolvimento desse fenômeno, podemos destacar áreas onde a soja foi cultivada após a presença de gado no período do inverno (pastejo), área de primeiro ano de cultivo e poucas safras (lavouras novas), área com pH baixo (ácido), deficiência de manganês entre outros…
Infelizmente ainda não há recomendações técnicas para sanar o problema. Contudo, a nível de lavoura, Madalosso destaca que algumas práticas vêm sendo adotadas, a fim de tentar minimizar os efeitos do encarquilhamento da soja “destravando a soja”, ou seja, fornecendo melhores condições para que a planta se recupere dessa “injuria”, podendo as novas folhas se formarem sem o encarquilhamento.
Dentre essas práticas Madalosso destaca: aplicação de calcário, subsolagem do solo, aplicação de Cobalto (Co) e Molibdênio (Mo), aplicação de aminoácidos via foliar, entre outros. Entretanto, cabe destacar que segundo Madalosso essas práticas podem não solucionar efetivamente o problema, podendo áreas que realizaram essas práticas não haver obtido êxito na solução do encarquilhamento.
Assim como as possíveis causas citadas anteriormente, o fator genético (cultivar) não é desconsiderado, sendo que em algumas cultivares, tem-se notado maior sensibilidade e/ou predisposição ao encarquilhamento.
Ainda que algumas medidas venham sendo tomadas a fim de reduzir o encarquilhamento da soja, cabe destacar que ainda não há recomendações técnicas nem científicas para tratar o problema, sendo assim, fica enfatizado que algumas das práticas utilizadas a nível de campo para sanar o problema podem ou não ser eficientes. Deve-se levar em consideração que cada lavoura apresenta uma condição diferente de cultivo, sendo assim, o manejo utilizado para uma pode não servir para outra.
Confira o vídeo abaixo com as contribuições do Professor Marcelo Madalosso.