O caruru (Amaranthus spp.), é uma planta daninha com características que lhe asseguram grande produção de sementes, segundo Penckowski et al. (2020), dependendo da espécie de caruru, uma planta pode produzir até 600.000 sementes durante seu ciclo de desenvolvimento. Essas sementes são facilmente dispersas, ficando boa parte delas retidas no banco de sementes do solo, dando origem a diversos fluxos de emergência da planta daninha.
Conforme destacado por Anderson Nunes, IFRS – Campus Sertão, em mais um episódio do MISSÃO CARURU, uma estratégia para manejo dessa planta daninha é a boa cobertura do solo. A boa “cobertura do solo consegue reduzir entre 40% e 60% a incidência de plantas daninhas”, principalmente as que apresentam sementes fotoblásticas positivas como é o caso do caruru.
Veja mais: MISSÃO CARURU Episódio 27 – Palha, luz e o caruru
Além da boa cobertura do solo com palhada residual de culturas antecessoras ou plantas de cobertura, fazer a semeadura da cultura “no limpo” é de suma importância para o bom estabelecimento da lavoura, possibilitando o desenvolvimento inicial da cultura, sem a presença de plantas daninhas. Com esse intuito, além da dessecação em pré-semeadura, pode-se fazer uso dos herbicidas pré-emergentes.
Os herbicidas pré-emergentes possibilitam o controle e atraso dos fluxos de emergência do caruru, além da maior uniformidade da emergência da planta daninha, o que pode contribuir para um melhor controle do caruru em pós-emergência da soja. Demonstrando alguns resultados de pesquisa, Anderson destaca que mesmo com a aplicação de herbicidas pós-emergentes para o controle do caruru, se tem um melhor controle da daninha nos tratamentos onde se realizou a aplicação de herbicidas pré-emergentes, sem plantas de caruru se sobressaindo à soja.
Dessa forma, fica evidente não só a contribuição dos herbicidas pré-emergentes no controle e atraso dos fluxos de emergência do caruru, como também os benefícios indiretos ocasionados por eles no controle em pós-emergência. Pensando no controle em pós-emergência, um dos poucos herbicidas disponíveis para uso na cultura da soja é o Fomesafem, considerado um herbicida inibidor da enzima protoporfirinogenio oxidase – PROTOX). Contudo, Anderson destaca ser essencial atentar para o estádio de desenvolvimento do caruru em que é realizada a aplicação do herbicida, onde pode-se considerar o estádio limite para aplicação quando a planta atingir 8 folhas e o estádio ideal, até 6 folhas.
Figura 1. Estádio ideal para controle do caruru em pós-emergência.
Confira abaixo as dicas e contribuições do professor e pesquisador Anderson Nunes em mais um episódio do MISSÃO CARURU.
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Referências:
PENCKOWSK, L. H. et al. Alerta! CRESCE O NÚMERO DE LAVOURAS COM Amaranthus hybridus RESISTENTE AO HERBICIDA GLIFOSATO NO SUL DO BRASIL: O PRIMEIRO PASSO É SABER IDENTIFICAR ESSA ESPÉCIE! Revista FABC – Abril/Maio 2020. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/ebook/REVISTA-Fabc.pdf >, acesso em: 01/10/2021.