O essencial para entender a nutrição vegetal é entender a forma como ocorre a absorção de nutrientes desde a solução do solo, onde a demanda atmosférica e a disponibilidade de água no solo jogam um papel fundamental no inicio de transporte de nutrientes desde o solo até a planta, esse processo é conhecido como transpiração. Ao evaporar a água nas folhas, cria-se um gradiente hídrico desde as raízes até as folhas, gerando um fluxo na direção solo – raiz – haste – folha – atmosfera, nesse fluxo ocorre os processos de absorção passiva de minerais pela planta, quando as condições de nutrientes são equilibradas a planta passa a absorber, transportar e distribuir esses nutrientes nos diferentes órgãos.
A compreensão sobre a nutrição vegetal envolve entender o processo de absorção de nutrientes, a qual se inicia, na solução do solo. Neste contexto, a demanda atmosférica e a disponibilidade de água no solo, desempenham um papel fundamental no transporte de nutrientes da terra para a planta. Esse processo é denominado transpiração. À medida que a água evapora das folhas, forma-se um gradiente hídrico que vai das raízes até as folhas, criando um fluxo contínuo de água e nutrientes na direção solo → raiz → caule → folha → atmosfera. Durante esse fluxo, ocorre a absorção passiva de minerais pela planta. Quando as condições de nutrientes estão equilibradas, a planta consegue absorver, transportar e distribuir esses elementos para os diferentes órgãos.
Durante o ciclo da planta, a demanda por um nutriente pode variar segundo o seu estágio de desenvolvimento, esse é um processo chamado de “Taxa de absorção” e é a velocidade em que a planta absorbe os nutrientes ao logo do ciclo, isso, variando segundo as condições edafoclimáticas, a genética e o manejo. Observe-se na figura 1 a taxa de absorção de Nitrogênio (N), Fosforo (P), Potássio (K) e Enxofre (S) na cultura do arroz, resultados que foram obtidos por experimentos realizados em lavouras comerciais com produtividade maior a 12 t/ha.
Figura 1. Taxa de absorção de Nitrogênio (N), Fósforo (P). Potássio (K) e Enxofre (S) em plantas de arroz ao longo do ciclo de desenvolvimento.

Nessa figura, pode-se perceber que ao redor do 10% da demanda total de N,P,K e S é absorbida no estagio V4 da cultura de arroz, posteriormente ocorre um incremento linear da taxa de absorção até o final do macollamento, quando aproximadamente o 40% do P e S e o 60% do N e K são absorbidos, até esse momento a maioria dos nutrientes são dirigidos para emissão de novas folhas. É no início da fase reprodutiva do arroz (R1 – Diferenciação da Panícula), onde a maior parte da demanda de nutrientes passa das folhas à formação de panículas, e é desde R1 a R4 o momento no qual a planta tem absorbido a totalidade de alguns nutrientes como K e N, para sua posterior translocação ao grão.
A absorção, transporte e distribuição de nutrientes aos diferentes órgãos da planta ocorre de forma simultânea mostrando uma estreita harmonia como pode-se apreciar na figura 2.
Figura 2. Partição de nutrientes em raízes, planta (caule + folha) e grãos na cultura do arroz em condições de fertilização completa. O número representa a quantidade de nutriente absorbido por planta em miligramas para macronutrientes e microgramas para micronutrientes.

Referências Bibliográficas
Meus, L. D. et al. ECOPHYSIOLOGY OF RICE FOR REACHING HIGH YIELDS. Santa Maria, ed. 1, 2021