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Cotações do milho em Chicago subiram nesta semana

Autores: Prof. Dr. Argemiro Luís Brum e Jaciele Moreira.

As cotações do milho em Chicago subiram nesta semana, fechando a quinta-feira (01/10) em US$ 3,82/bushel, contra US$ 3,63 uma semana antes. A média de setembro fechou em US$ 3,62, o que significou 11,4% acima da média de agosto. Lembrando que um ano antes, em setembro de 2019, a média havia sido de US$ 3,62, ou seja, exatamente o mesmo valor da média de setembro de 2020.

O relatório de estoques trimestrais, na posição 1º de setembro, indicou um total de 50,8 milhões de toneladas, ou seja, um recuo de 10% sobre o volume registrado na mesma posição em 2019. Um volume que já estava praticamente precificado pelo mercado.

Quanto as exportações, os EUA teriam embarcado 806.639 toneladas na semana anterior, com aumento de 5% sobre a semana precedente. O volume ficou dentro do esperado pelo mercado. No atual ano comercial, iniciado em 1º de setembro, o país já exportou 2,78 milhões de toneladas, isto é, 79,3% acima do embarcado no mesmo período do ano anterior.

Por sua vez, a colheita da safra nova do cereal chegava a 15% da área até o dia 27/09, estando um pouco abaixo dos 16% da média histórica. Das lavouras a colher, 61% estavam entre boas a excelentes naquela data, outras 25% estavam regulares e 14% ficavam entre ruins a muito ruins.

Aqui no Brasil, os preços do cereal voltaram a subir nesta virada de mês. O indicador da Esalq/B3, que já havia acumulado alta de 17% em agosto, subiu novamente em setembro, fechando o mês em R$ 63,63/saco base CIF Campinas (SP).

No mercado gaúcho, o balcão fechou a semana na média de R$ 56,35/saco, enquanto nas demais praças os valores assim ficaram: R$ 55,00 na região central de Santa Catarina; R$ 56,00 em Cascavel (PR); R$ 55,50 em Londrina (PR); R$ 49,00 em Campo Novo do Parecis (MT); R$ 54,00 em Maracaju (MS); R$ 62,00 em Itapetininga (SP) e R$ 66,00 no CIF Campinas; R$ 54,00/saco em Rio Verde e Jataí, Goiás.



Na B3, a quinta-feira (01/10) iniciou com o vencimento novembro valendo R$ 66,45/saco, janeiro R$ 66,65, março com R$ 66,45 e maio em R$ 62,85/saco.

Dito isso, no Mato Grosso o preço médio do saco de milho, para a safra 2020/21 está em R$ 34,44, sendo que o produtor precisará de 54,09 sacos para cada tonelada de fertilizante. No ano anterior foi preciso 68,92 sacos por uma tonelada. Assim, mesmo com o recuo no preço do produto, a relação milho x fertilizante irá melhorar neste Estado. Isso se deve muito ao fato de que os produtores, pela primeira vez na história, adiantaram a fixação dos custos para a próxima safra. Os preços disponíveis em 2020 tiveram uma valorização de 255,8% em comparação a setembro de 2017 e 107,1% em relação a 2019. (cf. Imea)

Já no Paraná, a colheita da safrinha se encerrou, enquanto o plantio da nova safra de verão atingia a 40% da área esperada. (cf. Deral)

No Mato Grosso do Sul, com cinco semanas de atraso, finalmente a colheita da safrinha foi encerrada neste final de setembro. A produção final teria ficado em 8,65 milhões de toneladas, com produtividade média de 76 sacos/hectare. A comercialização da safra atingia a 65% do total no final de setembro, contra 54% na mesma época de 2019. O preço médio do milho neste Estado, no final de setembro, estava 71% acima da média de um ano antes. (cf. Famasul)

É bom lembrar que, tanto no milho quanto na soja, os excelentes preços atuais não estão sendo obtidos pela maioria dos produtores, os quais já venderam suas safras meses antes. Todavia, na maioria dos casos, em termos médios, as vendas deste ano foram muito melhores em preço do que as do ano passado.


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Fonte: Informativo CEEMA UNJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum (1) e de Jaciele Moreira (2).

1 – Professor do DACEC/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2-  Analista do Laboratório de Economia da UNIJUI, bacharel em economia pela UNIJUÍ, Tecnóloga em Processos Gerenciais – UNIJUÍ e aluna do MBA – Finanças e Mercados de Capitais – UNIJUÍ e ADM – Administração UNIJUÍ

Equipe Mais Soja
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