Caruru (Amaranthus spp.), assim como Buva (Conyza spp.) e leiteiro (Euphorbia heterophylla), são planta daninhas consideradas dicotiledôneas, frequentemente encontradas no cultivo da soja, e que podem causar drásticas reduções da produtividade, além de servir como ponte verde para pragas e doenças.
Embora algumas propriedades executem um bom manejo e controle de plantas daninhas, é comum observar alguns fluxos de emergência em pós semeadura da soja, resultando em populações de plantas daninhas infestando áreas de produção. Contudo, especialmente se tratando de espécies dicotiledôneas, o controle em pós emergência dessas daninhas é extremamente difícil em meio a cultura da soja em virtude de características de seletividade dos herbicidas.
O fato, muitas vezes dificulta ou torna inviável a aplicação de herbicidas visando o controle dessas daninhas. A presença de plantas daninhas como o caruru em determinadas densidades populacionais, pode causar drásticas reduções da produtividade da soja ou até mesmo inviabilizar a colheita da cultura.
Veja mais: MISSÃO CARURU – Episódio 12 – Matocompetição
Felizmente, conforme destacado por Mário Bianchi – CCGL TECH, novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para auxiliar técnicos e produtores no manejo de plantas daninhas na soja, especialmente se tratando das espécies dicotiledôneas que apresentam complexo controle. Algumas dessas tecnologias visam possibilitar o uso/emprego de herbicidas auxínicos para o manejo e controle de plantas daninhas dicotiledôneas em pós emergência da soja.
Como resultado de um eficiente trabalho utilizando a transgenia, a soja Enlist® apresenta resistência aos herbicidas glifosato, 2,4-D e glufosinato de amônio, enquanto a soja Xtend® possui resistência aos herbicidas Dicamba e glifosato. Segundo Bianchi, essas tecnologias possibilitaram o controle de plantas daninhas dicotiledôneas em pós emergência da cultura da soja, sendo consideradas interessantes ferramentas para o manejo e controle de daninhas como caruru, buva e leiteiro.
Uma limitação dessas tecnologias fica por conta do controle de Poaceas (gramíneas), contudo, para essa gama de planta daninhas Bianchi destaca haver alternativas de controle como os herbicidas inibidores da ACCase. Quando empregadas de forma correta e respeitando as limitações do sistema de produção, novas tecnologias como essas podem exercer papel determinando do controle de algumas espécies de daninhas, especialmente as com algum grau de resistência ou tolerância ao glifosato, possibilitando a melhoria no controle de folhas largas.
Confira abaixo mais um Missão Caruru com as dicas e contribuições do pesquisador da CCGL Mário Bianchi.